tag:blogger.com,1999:blog-34535302796527984322024-02-07T00:11:16.788-03:00Las CaboclasLas Caboclashttp://www.blogger.com/profile/00499213483353077576noreply@blogger.comBlogger23125tag:blogger.com,1999:blog-3453530279652798432.post-51265824543165146512013-04-18T13:03:00.003-03:002013-04-18T13:06:46.360-03:00Coletivo Las Caboclas lança seu Site<span class="userContent">O que já passou e o que está por vir:</span><br />
<br />
<span class="userContent"><span class="userContent"><a href="http://lascaboclas.wix.com/lascaboclas" onclick="LinkshimAsyncLink.swap(this, "\/l.php?u=http\u00253A\u00252F\u00252Flascaboclas.wix.com\u00252Flascaboclas&h=pAQFlpB4W&s=1");" onmouseover="LinkshimAsyncLink.swap(this, "http:\/\/lascaboclas.wix.com\/lascaboclas");" rel="nofollow nofollow" target="_blank">http://lascaboclas.wix.com/lascaboclas</a></span></span><br />
<span class="userContent"><span class="userContent"></span></span><br />
<span class="userContent"><span class="userContent"></span></span><br />
<span class="userContent"><span class="userContent"></span></span><br />
<span class="userContent"><span class="userContent"></span></span><br />
<span class="userContent"><span class="userContent"></span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQlTIO723RtRxi8YqQgDLFuiQ0WgI1W6JKyAhFFQ_6qFUTNNg2m-kBGy2WQl_Zva5LFzdzsevrCrCdrtAYkp5S55J0Q0yJ-iwVHehdKJrcNlQ3Dwq4UMnY3tUWykglj0HmbCYLdAtmPCQ/s1600/Logo+mais.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="149" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQlTIO723RtRxi8YqQgDLFuiQ0WgI1W6JKyAhFFQ_6qFUTNNg2m-kBGy2WQl_Zva5LFzdzsevrCrCdrtAYkp5S55J0Q0yJ-iwVHehdKJrcNlQ3Dwq4UMnY3tUWykglj0HmbCYLdAtmPCQ/s320/Logo+mais.jpg" width="320" /></a></div>
<span class="userContent"><span class="userContent"></span></span><br />
<span class="userContent"><span class="userContent">Próximo vídeo-dança: <em>Brisa</em>, foto de Marcus Correa. </span></span><br />
<span class="userContent"><span class="userContent"></span></span><br />
<span class="userContent"><span class="userContent"></span></span><br />
<span class="userContent"><span class="userContent"></span></span><br />Las Caboclashttp://www.blogger.com/profile/00499213483353077576noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3453530279652798432.post-76223707201044607092012-11-13T13:58:00.002-03:002012-11-13T15:24:18.805-03:00Carta para alguém em 2025<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrJPfLGLThdnNlMGnmVs-JXiIWHxiRGJeovS958OXsfDbx74mJSOqE9OJym4sDTdDsCRcGPBHx7iJsRHXc72WmeBZnQS7Bwnzqtxx_W-lW6EXrfg4AkxoLoSKTDCrQlVYvCcL2FO-XZNA/s1600/IMG_5056_cab.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrJPfLGLThdnNlMGnmVs-JXiIWHxiRGJeovS958OXsfDbx74mJSOqE9OJym4sDTdDsCRcGPBHx7iJsRHXc72WmeBZnQS7Bwnzqtxx_W-lW6EXrfg4AkxoLoSKTDCrQlVYvCcL2FO-XZNA/s1600/IMG_5056_cab.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto de Fred Linardi</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Por Fred Linardi<br />
<br />
São Paulo, ano de 2012<br />
<br />
Não existe muito segredo para adivinhar como estão as coisas no mundo hoje. Afinal, não faz muito tempo que escrevi essa carta e provavelmente enquanto você está lendo, posso estar passando pela calçada da sua casa ou prédio. Abra a janela por um instante e tente ver, entre a poluição que entra junto com a brisa se existe alguém caminhando num ritmo que permita, ao mesmo tempo, andar numa linha que o faça chegar aonde quer, enquanto observa as janelas acesas nos prédios. Se houver alguém assim, flanando pelo caminho, provavelmente sou eu. Viajo nas janelas acesas talvez na falta do pôr do sol, que é tapado por esses paredões de concreto.<br />
<br />
Faz tempo que costumo fazer isso, muito antes de andar munido do meu mp3 player, com fones de ouvido ligados por um fio. Esse negócio de mp3 veio com tudo. As músicas que queremos ouvir hoje são baixadas pela internet via programas e sites que deixam as gravadoras de cabelo em pé. É que até pouco tempo atrás, todos os artistas dependiam delas para poder lançar suas músicas que vinham registradas em CDs, que vieram depois das fitas cassetes, que vieram depois do vinil. Pois é, hoje alguns artistas se safam fazendo produção independente e se dão bem com isso. As mídias sociais se fortaleceram nesse contexto de divulgação e esses caras independentes já estão super satisfeitos simplesmente por terem suas músicas escutadas. Mas isso ainda tá muito no começo e ninguém sabe muito bem onde vai dar. E logo nesse meio-tempo, até os livros de papel foram para este paredão de mídias condenadas. É discussão que não acaba mais.<br />
<br />
Outra discussão que começou a surgir há cerca de três anos foi sobre o fim do mundo. Ninguém sabe direito também o que pode acontecer. Mas a data já está muito exata. Vai ser no dia 22 de dezembro de 2012. Esse dia praticamente profético vem do calendário maia, que foi encontrado há algumas décadas e todo decifrado. A matemática daquele povo, sim, era perfeita. Você deve saber disso, mas é bom lembrar: só para ser ter uma ideia, a nossa matemática é baseada em numerações decimais, ou seja, em dezenas sequenciais, enquanto a deles era uma matemática baseada em sequências de vinte em vinte. Hoje, esses maias fariam miséria junto ao nosso conhecimento científico. Mas eles tiveram alguma falha muito grande em algum outro aspecto, pois essa civilização que detinha esse conhecimento desapareceu antes dos colonizadores europeus chegarem. Então, ninguém sabe o motivo certo para o calendário perfeito deles acabar nesta data. Talvez se você tivesse lendo uma carta deles agora, teria mais sorte do que estar lendo essas informações que não devem ser tanto novidade. Principalmente porque, se você a estiver lendo neste mesmo planeta, o mundo não acabou mesmo.<br />
<br />
Mas tem uma coisa que você vai cair no chão de saber. O sistema operacional de todos os lugares que vamos e de tudo o que usamos funcionam perfeitamente. É verdade que todo mundo reclama, que os sistemas caem de uma hora para a outra, deixando as pessoas loucas da vida, formando filas enormes e situações de desespero instantâneo. A gente tem ficado cada vez mais com pressa e, consequentemente, inventamos mais aparatos para fazermos a coisas com mais velocidade. Posso estar errado, mas isso daqui a alguns anos não vai mais ser tão funcional. Não é possível que o mesmo espaço de mundo, cheio de ondas de satélites, rádios e tudo mais consiga fazê-los funcionar como hoje. A gente se sente muito seguro quanto a isso agora, mas basta dar um pau no computador que a gente já começa a ter chiliques, sabe? Imagino quando um sistema todo cair. Na verdade, a gente teve quase um negócio desses no ano 2000, falaram que seria o “bug do milênio”. Ainda bem que não aconteceu. Mas outro dia eu vi que em algum dia próximo parece que o sol vai sofrer umas explosões mais fortes na sua superfície e que essa intensidade emitirá para cá uns raios super poderosos que serão capazes de queimar tudo o que estiver na tomada. Isso sim tá mais com cara de bug. Até nossas tostadeiras queimarão!<br />
<br />
Sei que pensar em tostadeira é pequeno perto das outras coisas. Mas quando penso na tostadeira, me vem uma coisa em que o tempo não conseguiu ultrapassar. Lembro que na casa dos meus avos elas já existiam, desde quando eu era criança. Tenho um avô que morreu antes dos computadores chegarem às nossas casas. Meu outro avô certamente morreu sem entender direito qual é que era esse negócio de internet. Uma das minhas avós está bem viva e sabe usar uma tostadeira. Essa mesma avó me vê conversando com alguém via webcam e diz “como pode?”. A minha outra avó que se foi este ano não perdia uma missa pela televisão, que ainda existe desatrelada às outras mídias. É assim que a maioria das pessoas queridas se encontra hoje em dia – via satélite.<br />
<br />
Acho que conexão é uma das palavras que define muito esses tempos em que vivemos hoje. Todo mundo pode ver tudo e também pode ser visto. Graças aos meios virtuais mesmo, pois tem muitos amigos que não vejo há anos e já desisti de combinar de me encontrar com eles. Cada um segue seu rumo, compromissos e horários. Mas a conexão não para por aí. As pessoas estão buscando outras formas de se ligar. Tem autoconhecimento e busca pelo divino em tudo quanto lugar. Acho isso legal, sabe? De repente é aquela Era de Aquários anunciada e cantada no final do século passado. Acho que isso pode explicar várias coisas que você está vivendo hoje, ou começando a viver.<br />
<br />
Ao mesmo tempo, tem muita gente que questiona a existência de Deus. Enquanto isso, os pólos estão derretendo, o lixo está poluindo e o fogo destruindo. Peço desculpas pela ausência de espírito dos nossos líderes atuais, que inclusive fazem guerra usando Deus como justificativa. Foram escolhidos por nós. Você deve ter ouvido falar sobre as promessas do primeiro presidente negro dos Estados Unidos e do primeiro presidente brasileiro vindo do povo E depois, da primeira presidente mulher brasileira. Mas nem eles puderam fazer muita diferença. O buraco é mais embaixo. Foram erros mais anteriores a eles. De qualquer maneira, eles tiveram medo de mudar a música tocada por aqueles que hoje já habitam os túmulos e não se afligem com os problemas ambientais e climáticos. Se existe Deus ou não, quem acredita nele entende que o mundo foi feito a partir de suas mãos. Hoje, é o ser humaninho que recria o mundo. Estamos fazendo uma caricatura do que já foi nosso planeta. Começamos a cavar nossa cova sem nos darmos conta disso. Hoje, sabemos que essa cova pode ser grande o suficiente para caber também nossos filhos e nossos netos, inclusive você que está lendo isso agora.<br />
<br />
Enquanto isso, as pessoas correm lá fora com essa pressa pelo instante que virá a seguir. Hoje as pessoas não vivem nesta hora e neste dia. Estão vivendo o futuro, achando que estão atrasadas para tudo. Vão deixando marcas pelo caminho, sem se dar conta. Num minuto de parada, resolvi escrever essa carta que realmente se destina ao futuro. Não sei se pode ser útil. Mas isso é importante para mim também, já que hoje em dia nos preocupamos o tempo todo com isso: no que pode ser útil. As pessoas sentem culpa por fazer algo que simplesmente gostem, mesmo que seja só para si mesmo e que isso não lhes trará retorno material. Mesmo escrevendo essa carta, sendo ela útil ou não, tenho que me esforçar para não sentir que, na verdade, ela não foi a uma perda de tempo. Mas que ela valha como sua própria memória de uma época em que não viveu, ou não se lembra de ter vivido. Foi a partir desse passado recente que você veio.<br />
<br />
Viva sua vida feliz, siga o seu sonho e não o sonho daquele que assina sua carteira de trabalho. Burle as regras sociais, que devem estar mais moralistas no seu tempo. Seja um ser humano e tente viver para deixar um sorriso nessa caricatura que desenhamos no mundo.<br />
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
Las Caboclashttp://www.blogger.com/profile/00499213483353077576noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3453530279652798432.post-61141765880072407312012-10-29T13:07:00.001-03:002012-10-29T13:07:05.394-03:00Las Caboclas é o colunista convidado da Revista do Cinema Brasileiro!<a href="http://www.revistadocinemabrasileiro.com.br/colunista/2053" target="_blank"></a><br />
<br />
Leia aqui, por Vanessa Hassegawa: <br />
<br />
<a href="http://www.revistadocinemabrasileiro.com.br/colunista/2053" target="_blank"><span class="field-content">Screen Choreography: Quando o Cinema e a Videodança se encontraram.</span></a><br />
<br />
<br />
<span class="field-content"><a href="http://www.flickr.com/photos/ligiajardim/" target="_blank">Foto de Ligia Jardim </a></span><br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCrN0_Ymb_LE1xx-tQpANJQ3J9zg-m3LMM61ZTOq2d8K3arRjYJGuZiv5T0ZHd9E27bYVVFg_w9cz7k2Lfp-eyXxJ-D9uSXAiVVhG-jM2hyCDlKg9b7TJfbI1z46ssTFkQjYtsQnbqKk0/s1600/Las+Caboclas_1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCrN0_Ymb_LE1xx-tQpANJQ3J9zg-m3LMM61ZTOq2d8K3arRjYJGuZiv5T0ZHd9E27bYVVFg_w9cz7k2Lfp-eyXxJ-D9uSXAiVVhG-jM2hyCDlKg9b7TJfbI1z46ssTFkQjYtsQnbqKk0/s320/Las+Caboclas_1.jpg" width="213" /></a></div>
Las Caboclashttp://www.blogger.com/profile/00499213483353077576noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3453530279652798432.post-86508863148685288042012-09-24T15:25:00.001-03:002012-09-24T15:43:45.606-03:00Você pode me dizer por que sete anos?<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcOuwhUiMx0ulizuwddK8yr30l1XahyphenhyphenBiI-HsHyIb-TPTx6qU6iQSieiOTcVIcY2xCi0Ub0nj-KUUiv4s3PGJEQkVJ91p63pi5LBS3FWqK3uBtMpUORUical_BN_scwQChR48IJJZsIRU/s1600/150870656237624841_vIc7oWrr_c_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcOuwhUiMx0ulizuwddK8yr30l1XahyphenhyphenBiI-HsHyIb-TPTx6qU6iQSieiOTcVIcY2xCi0Ub0nj-KUUiv4s3PGJEQkVJ91p63pi5LBS3FWqK3uBtMpUORUical_BN_scwQChR48IJJZsIRU/s320/150870656237624841_vIc7oWrr_c_large.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;">Daqui:
<a href="http://weheartit.com/">http://weheartit.com</a></span></td></tr>
</tbody></table>
<br />
Por Renata Daibes<br />
<br />
Passam rápido, duram muito. O que significam na vida de alguém de 31 anos?<br />
<br />
Há sete anos eu não conhecia um terço das pessoas que conheço hoje, não havia descoberto a dança com o olhar artístico/educacional, a vida de solteira estava no auge, só tinha uma sobrinha, nunca havia dado uma aula, nem sabia quem era Foucault ou Jonathan Safran Foer, dirigir era um sonho distante.<br />
Parece que o tempo não passou, de tão rápido que foi. Mas os acontecimentos foram tamanhos que não consigo mensurar.<br />
<br />
E por que o cálculo de sete anos, e não oito, nove ou até mesmo dez?<br />
<br />
Dizem que sete é um número significativo, simbólico, duradouro. Tá na Bíblia, nos dias da semana, nos chakras de nosso corpo, nas maravilhas antigas e modernas, nas virtudes humanas, nos pecados capitais e etc eternos.<br />
<br />
O ano de 2012 (sim, o do fim do mundo) tem sido um divisor de águas tão grande, mas tão grande que tá difícil de deixá-lo de lado ou tratá-lo como apenas mais um. Teve desde casamento até seleção em festival (primeira viagem a trabalho do Las Caboclas!), viagem à Europa, organização de evento, começo de nova vida profissional, encontros.<br />
<br />
E 2005 foi tão importante quanto. Difícil, mas importante. Definições e indefinições que permeiam minha cabeça até hoje. Sensações inesquecíveis multiplicadas por sete. Começo de namoro, término de estudos que fecharam um ciclo, mudança de apartamento, planejamento para morar sozinha e o meses de janeiro/fevereiro (que mereciam um texto só para eles).<br />
<br />
Assim 2005 e 2012 se relacionam como dois parceiros combinados. Jogam de lá pra cá os acontecimentos, como numa partida de tênis. Fico ali tentando aparar as bolas, equilibrando os <i>sets</i>, deixando no mínimo digerível.<br />
<br />
O misto de medo e enfrentamento continua, até o fim do ano. E acho que ele não acaba. Virão mais sete, outros setes e quem sabe como será o futuro, pode me falar? A falta de controle me dá arrepios.Las Caboclashttp://www.blogger.com/profile/00499213483353077576noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3453530279652798432.post-43378706519106185912012-08-20T15:43:00.000-03:002012-09-24T15:39:59.418-03:00Facebook, destino e felicidade<br />
Por Renata Daibes<br />
<br />
No meio das minhas “filosofadas” por aí, me caiu nas mãos o livro de Zygmunt Bauman,<i> Amor Líquido</i>. Qual foi a minha surpresa quando me deparei com suas ideias, questionamentos e visões de mundo muito a ver com os últimos questionamentos que tenho feito em minha vida, pessoal e profissional.<br />
<br />
Além de levá-lo aos projetos do Las Caboclas, em inúmeras citações e passagens, o levo também ao dia a dia. Suas interpretações me inspiram e me mostram um mudo mais compreensível do que antes.<br />
<br />
<br />
Neste vídeo abaixo, Bauman com 86 anos, é tão atual em suas reflexões e nada banal, mesmo falando de Facebook, destino e felicidade. Parece impossível, mas ele se deixa ser interessante e claro. Sem floreados e palavras difíceis, ele aprofunda questões de nossas vidas de forma clara e palpável.<br />
Dentre outros, suas obras guiam o Las Caboclas em nossas pesquisas e projetos e criam trajetos questionáveis sempre. Idas e vindas, urbanos, estranhos.<br />
<br />
“...para cada ser humano existe um mundo perfeito feito especialmente para ele ou para ela.”<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/POZcBNo-D4A?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />Las Caboclashttp://www.blogger.com/profile/00499213483353077576noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3453530279652798432.post-91489393179218079882012-08-15T20:42:00.003-03:002012-08-20T15:45:54.357-03:00ReformulandoDentro de tantas pesquisas, ideias de reformulação do blog e decisão de aumentar o enfoque no coletivo de artistas, a equipe Las Caboclas ruma a novos ares, novos mares. Viagens, parceiros, layout, tudo novo, começamos uma nova etapa nesse segundo semestre que ainda há de aparecer em breve por aqui.<br />
<br />
Começaremos com duas inspirações que mexeram conosco nesse meio tempo. Como a videodança nos atrai e virou nosso objeto de trabalho, ela será nosso start.<br />
<br />
Abaixo vídeos que gostamos e ficaram repetindo em nossos computadores e mentes desde que os vimos pela primeira vez.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/NuSbELCNloc?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<a href="http://www.sprawl2.com/" target="_blank">http://www.sprawl2.com/</a><br />
<br />
O vídeo acima é uma produção compartilhada da banda Arcade Fire com a coreógrafa canadense Dana Gingras. A direção é de Vincent Morisset, com fotografia de Cristophe Collette. A obra é baseada no livro Mountains Beyond Mountains.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/scctp8-xYX4?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
<br />
<br />
Este vídeo é obra de Alma Har'el, artista israelense, que assim como outros artistas, recebeu o mesmo pequeno orçamento para realizar o que lhes viesse à cabeça depois de ouvirem músicas do álbum Valtari, da banda Sigur Rós, que foi quem propôs a ideia e a ofereceu a cada artista.<br />
<br />
Deleitem-se.<br />
<br />
Equipe LC.<br />
<br />
Referências de pesquisa:<br />
<a href="http://animalsofdistinction.tumblr.com/Dana_Gingras">http://animalsofdistinction.tumblr.com/Dana_Gingras</a><br />
<a href="http://www.christophecollette.com/">http://www.christophecollette.com/</a><br />
<a href="http://www.vincentmorisset.com/">http://www.vincentmorisset.com/</a><br />
<a href="http://sigur-ros.co.uk/valtari/videos/">http://sigur-ros.co.uk/valtari/videos/</a><br />
<a href="http://www.almaharel.com/">http://www.almaharel.com/</a>Las Caboclashttp://www.blogger.com/profile/00499213483353077576noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3453530279652798432.post-33201609484625374902012-07-02T18:58:00.000-03:002012-07-05T10:50:21.966-03:00“Não se vive de arte, mas também não se vive sem” (Marita Prado).<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Por Vanessa Hassegawa.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><b>A atriz paraense Marita Prado conta para o Las Caboclas a sua experiência no espetáculo <i>Barafonda</i>, da Cia São Jorge de Variedades, em São Paulo.</b></span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Chegamos eu e meu amigo Fredyson com três minutos de atraso à Praça Marechal Deodoro. Foi preciso correr pra alcançar a peça que já margeava as redondezas do Teatro da <a href="http://ciasaojorge.com/" target="_blank"><b>Cia São Jorge de Variedades</b></a>. Lá havia em torno de 200 pessoas aglomeradas que assistiam aficionadas ao que ora era encenação, ora se misturava aos próprios personagens da rua. </span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Bêbados, senhoras, travestis, craqueiros. O começo de <i>Barafonda</i> é uma profusão de gente das quais não sabemos quem realmente é do elenco. Uma mágica sem apetrechos bufões e cenografia que conduzem uma dramaturgia legítima e um teatro de grupo ,ou melhor, uma ode ao bom teatro brasileiro. </span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Meus elogios são meio suspeitos, porque além de já ter feito parte da "família" de Teatro na região da Luz como RP do <a href="http://pessoaldofaroeste.blogspot.com.br/" target="_blank"><b>Pessoal do Faroeste</b></a>, o elenco de <i>Barafonda</i> tem a atriz paraense, Marita Prado, que nos contou um pouquinho de sua trajetória e a experiência de estar em uma das principais trupes do país. Aos 24 anos, Marita resplandece com sábias palavras e pontua muito bem que sua profissão é uma vocação e um “evoé” que alia muito bem uma interpretação pra lá de pai d´égua!</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">LC- É impossível não se impressionar com a montagem de <i>Barafonda</i>. Como foi participar desta montagem na São Jorge de Variedades? É a primeira vez nesta companhia? </span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">MP- Posso falar com certeza que participar de <i>Barafonda</i> foi um desafio, e depois do espetáculo “pronto”, vencido e vivenciado os empecilhos são um grande amadurecimento profissional.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Foi um ano e meio de processo e a montagem permitiu que criássemos juntos de atores mais experientes. É uma experiência incrível de aprendizado, descoberta de possibilidades em relação ao conteúdo, estrutura da peça e até aos meus próprios limites quanto atriz.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">LC- Fale um pouco sobre o enredo da montagem: a dramaturgia coletiva e o casamento da história do bairro e os textos de <i>As Bacantes e Prometeu Acorrentado</i>.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">MP- Trata-se das relações humanas na sua forma mais simples e as historias mitológicas, e <i>Barafonda</i> é o cenário que funde tudo isso.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Barafonda</i> é uma grande festa pelo bairro da Barra Funda. Uma interação com a cidade viva, pulsante. Falamos sobre o passado, o presente e o futuro sobre a perspectiva da história do bairro, das histórias de pessoas do bairro e daqueles que lá moraram ou ainda moram.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Além dos textos de <i>Prometeu Acorrentado</i>, Dionísio que de certa forma abordam aspectos da liberdade, da vontade e do prazer mundano e por vias consequentes, o aprisionamento moral individual e cívico. A dramaturgia coletiva é definitivamente um exercício de escuta.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">O casamento dos textos gregos e da história do bairros se deu a priori pela ideia de Coro, uma pesquisa que já existia na Cia mas que foi intensificada e somada a sua base, que é o coro grego. A ideia surge, e a partir daí o desafio de estruturar a dramaturgia de forma harmônica.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">LC- Como você se prepara para uma jornada de 4 horas de montagem onde há canto, dança e um longo deslocamento pelas ruas do bairro?</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">MP -Tivemos um ano e meio de preparo com apoio de importantes profissionais, entre eles: preparação vocal, musical e corporal. Tivemos aulas de “cheganças”, instrumentos, trabalho de campo de visão, e outros.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Para o espetáculo em si, eu acho que o preparo para essa jornada é a dedicação. Chegar pelo menos 2 horas antes para começar a maquiar, entrar na energia coletiva, o vai e vem do elenco se preparando, é um grande estimulo! Além, é claro, de um bom alongamento (que quase sempre é Yoga), aquecimento de voz e uma água no bolso durante o percurso.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">LC- O que representou essa vivência artística para você?</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">MP- É uma alegria olhar a cidade de uma outra maneira, ter respeito pelo espaço o qual vivemos. E sobretudo, diante dessa enorme cidade que pulsa, ferve...Fazer um espetáculo acontecer é, no mínimo, mágico. Viver o Barafonda é acreditar que os desafios são obstáculos a serem passados para trás. É acreditar que a arte move os corações mais escondidos. Não se vive de arte, mas também não se vive sem.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">LC- Fale um pouco sobre a sua formação artística.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">MP- Meu contato com a arte foi através da Universidade Federal do Pará. Lá fiz o curso de cenografia, que abriu meu olhar e me instigou a criar espaços, luzes, técnicas, observar os atores em cena, os técnicos que trabalhavam em prol de um espetáculo. O curso é ótimo, só que era novo e não tínhamos uma estrutura muito boa, trabalhávamos com que tinha e com o que não tinha. Ali comecei a amar os palcos. Já apaixonada pelo teatro e ávida por mais informações e pelo contato com palco, vim para São Paulo e comecei a estudar a cena, os personagens, a teoria. Chegando aqui, eu assistia a quatro peças por semana!</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Entrei na Escola Celia Helena, onde tive os primeiros contatos com importantes pensadores de arte. Pude me expressar das mais variadas formas, com e sem clichês. Tive a oportunidade de trabalhar no grupo Folias D’Arte, no Teatro São Pedro, com a Ópera <i>Romeo et Juliet</i>, tive contato com o grupo cia Elevador Panorâmico e sua pesquisa de Campo de Visão, que me encantou. Conheci atores brilhantes e não só isso, artistas que têm a arte como uma forma de pensar, agir, um trabalho íntegro de pesquisa e comprometido com a sua verdade e sobretudo com o oficio que escolheu. A faculdade foi importante sim, porém as experiências profissionais ainda mais. Elas te capacitam com segurança, é um crescimento instantâneo. Relacionar-se com os outros, saber escutar ideias, discutir, trabalhar com o tempo, com pouca grana. Isso não se aprende na faculdade e a vida profissional exige isso.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">LC- Quais foram seus principais mestres tanto em Belém quanto em São Paulo? Quem te inspira?</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">MP- Em Belém, duas pessoas foram as responsáveis por me desafiar e querer mais de mim na arte. A Professora Iara e a Wlad Lima - mestras que fazem com amor e responsabilidade. Isso é bom! Costumo dizer que a gente aprendia com o amor que elas explicavam nas aulas. Aprender com amor e dedicação estimula, instiga. Eu pensava: “Eu quero viver esse amor também”.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Em São Paulo, sem dúvida, a atriz Patricia Guifford, mulher de força, garra, extremamente dedicada e competente. Sou daquelas que não vê defeito. Artista, mulher perfeita! O teatro precisa de pessoas com tamanha perseverança e garra. </span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">LC- A peça saiu de cartaz, mas você vai continuar com a pesquisa da Cia São Jorge? Quais os seus planos daqui por diante? </span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">MP- A São Jorge é uma cia especial. São sempre instigantes as pesquisas investigadas de lá. O projeto <i>Barafonda</i> teve uma demanda enorme. Então, por enquanto, penso em colher e gozar desse fruto! Tenho um projeto para Belém que envolve jovens paraenses e estou desenvolvendo junto com dois empresários que acreditam no desenvolvimento do estado através dos olhares de jovens músicos, jornalistas, empresários, artistas e chefs de cozinha.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Além de um processo de pesquisa que fala da mulher; músicas, depoimentos pessoais, textos autorais, vivências que partem do nosso íntimo e que acabam por escrever uma história, seja ela feliz ou triste.</span></div>
<div>
<span style="font-size: small;"><span style="color: black; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">
</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Marita, em cena no espetáculo Barafonda:</span></div>
<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjg9yn2CFFpi8jK7QJ5yRAPaMSx-Wf88K-4yg3rhFADt7Mjd8pudOCqOUPxoe6StoIDwy4KnoIzeFFEqGn_SgmSQt2t_y45H9Sj8d77fkgLP2NJw8UMIkeYdzIxoyYxDgOfU1oV6ix_Avc/s1600/Marita+Prado_2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjg9yn2CFFpi8jK7QJ5yRAPaMSx-Wf88K-4yg3rhFADt7Mjd8pudOCqOUPxoe6StoIDwy4KnoIzeFFEqGn_SgmSQt2t_y45H9Sj8d77fkgLP2NJw8UMIkeYdzIxoyYxDgOfU1oV6ix_Avc/s320/Marita+Prado_2.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivfndM02jj-y7najSqRfyeIekKOp-I_Q-8mQ7V3kF875wo2XrvD5lLaF1pOgmz2yA7Pb-n3Hpah9CTBRpCk9d4g3kU2v9KvrnQlnUSbqLQzFMb1HWkyVlkcv23uTKqkP1g0PaNZJ1Wt_4/s1600/Marita+Prado_3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivfndM02jj-y7najSqRfyeIekKOp-I_Q-8mQ7V3kF875wo2XrvD5lLaF1pOgmz2yA7Pb-n3Hpah9CTBRpCk9d4g3kU2v9KvrnQlnUSbqLQzFMb1HWkyVlkcv23uTKqkP1g0PaNZJ1Wt_4/s320/Marita+Prado_3.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAZSezl6_W-SuGj5OppsVXoytQcEhu-cN2gDkgNSS7EXxrz0yICInyjm6hklWYOKfFY3ELUgp0uSiy2jrlf7y_6swBLHLBa8ZiYJOCC3CN_TN92EVrFNp2FqUyaQRKF-yaixPJfrpDSXg/s1600/Marita+Prado_11.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAZSezl6_W-SuGj5OppsVXoytQcEhu-cN2gDkgNSS7EXxrz0yICInyjm6hklWYOKfFY3ELUgp0uSiy2jrlf7y_6swBLHLBa8ZiYJOCC3CN_TN92EVrFNp2FqUyaQRKF-yaixPJfrpDSXg/s320/Marita+Prado_11.jpg" width="240" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">O Espetáculo <i>Barafonda </i>esteve em cartaz de 4 de maio a 23 de junho de 2012, nas mediações da sede da companhia, que fica na Rua Lopes de Oliveira 342 - Barra Funda. Mais informações sobre a peça e a pesquisa da Cia em: ciasaojorge.com</span>Las Caboclashttp://www.blogger.com/profile/00499213483353077576noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-3453530279652798432.post-63127532495884837272012-04-19T12:27:00.000-03:002012-04-19T12:27:57.171-03:00A circulação<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/bL7vK0pOvKI?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Nesse link com legenda em português: <a href="http://www.ted.com/talks/lang/en/wade_davis_on_endangered_cultures.html" target="_blank">http://www.ted.com/talks/lang/en/wade_davis_on_endangered_cultures.html</a></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por Renata Daibes</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O que sempre pensei era: não queria ser alguém que não circula.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não queria ser alguém de um mundo só, de apenas uma escolha, pertencente a apenas um lugar. </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Queria ter experiências, ver e muitas vezes participar de universos diferentes. Saber de assuntos variados. </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Lógico que dentro disso tudo temos nossas preferências, um estilo musical, uma cidade, ou duas, um diretor de cinema, um bairro, um círculo de amigos, um tipo de dança, um marido pra vida toda.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas que as escolhas não signifiquem prisão. Que eu não me aprisione dentro do emprego que escolhi, dentro do bairro que moro. Na adolescência sempre encanava em alguma coisa, algum assunto ou banda e ficava entregue àquela paixão por tempos e tempos. Faz parte da adolescência essa identificação para a construção da personalidade. Hoje em dia o que me faz crescer é a possibilidade da descoberta.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por que não posso me dar ao luxo de conhecer outra classe social, de pisar na areia da cidade onde não moro, de modificar meu cotidiano com escolhas diferentes?</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Me irrita o discurso de discriminar a ida da periferia ao centro. Lembro bem da polêmica sobre o metrô em Higienópolis. Haveria trânsito de pessoas diferentes àquele ambiente, talvez mendigos, camelôs, que por preconceito de alguns poucos não podem pisar naquelas calçadas para não sujá-las. Acabou que a Cracolândia foi até lá, pela própria mão do governo, que não soube o que fazer com aquelas pessoas, afinal, se pensa a maior parte do tempo em uma elite que não para de consumir.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Trânsito social me anima, me empolga. Das vezes que trabalhei na periferia, eu, moradora de bairro classe média do centro da cidade, me encantava. As crianças brincando na rua, transitando pra lá e pra cá, diferenças culturais, outras músicas, outros nomes, outro olhar sobre as coisas e pessoas. Nem tudo são flores nem de um lado nem de outro, mas o gostoso é experienciar.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando o poder aquisitivo me permitir, farei mais viagens do que o normal, e não, não pretendo ir apenas para os EUA ou para o Velho Mundo, quero conhecer países da África, Ásia e o que mais tiver oportunidade.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não sou uma pessoa totalmente adaptável ao ambiente, não sou exatamente isso que sonho, preciso de um certo conforto e não me considero aventureira, mas sim curiosa. Não quero viajar para apenas ver o mundo tal qual ele se parece todos os dias, capitalista e ocidental. Quero descobrir coisas que não conheço.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quem sabe um dia eu não chegue à pontinha do dedo do antropólogo Wade Davis. E descubra novas culturas?</span>Las Caboclashttp://www.blogger.com/profile/00499213483353077576noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3453530279652798432.post-40642063065748660112012-04-03T11:52:00.001-03:002012-04-03T12:03:10.666-03:00Meio Termo de Ouro*<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1nONGGf_6MdJwO2iYL8uvvQA3jS0nvcQWN9aVVdk2QdEgrHCos7m9nsBbG6XFhhWB1195ICQ8jv1NYHSZzdLcUBkdXkxZyN8dySdmNIvq42osIVIUUphtm1g8cCSGkF6xmhzvxQ1MItk/s1600/Meio+Termo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="267" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1nONGGf_6MdJwO2iYL8uvvQA3jS0nvcQWN9aVVdk2QdEgrHCos7m9nsBbG6XFhhWB1195ICQ8jv1NYHSZzdLcUBkdXkxZyN8dySdmNIvq42osIVIUUphtm1g8cCSGkF6xmhzvxQ1MItk/s400/Meio+Termo.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1nONGGf_6MdJwO2iYL8uvvQA3jS0nvcQWN9aVVdk2QdEgrHCos7m9nsBbG6XFhhWB1195ICQ8jv1NYHSZzdLcUBkdXkxZyN8dySdmNIvq42osIVIUUphtm1g8cCSGkF6xmhzvxQ1MItk/s1600/Meio+Termo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br />
</a></div><div class="MsoNormal" style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal; text-align: justify;"><br />
Por Vanessa Hassegawa<br />
<br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Tenho 27 anos e às vezes me sinto meio velha. Não me refiro às rugas, peso, falta de dinheiro(s) e por não ter a casa própria, é que eu ainda não cumpri a minha lista de metas que elaborei aos treze anos! Isso me deixa bem agoniada. </span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Mas logo em seguida, eu me lembro que aos treze anos eu tinha beijado um (01) menino, não tinha banda larga, pesava 41 quilos, não existiam tantos afetos e desafetos. Eu estava na 7º série, o mundo ainda não tinha inventado tantas igrejas evangélicas. Os políticos já eram corruptos, mas ainda não tinha Youtube, a moda não era tão democrática e a TV era de tubo.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal; text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Como eu pude pensar que minha vida seria exatamente como planejei se ocorreram tantas intervenções malucas nesses últimos anos? </span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Ter pré-30 não é fatalista como Janis Joplin ou tão workaholic quanto as meninas executivas da Av. Carlos Berrini. Porém, pode ser tão legítimo quanto qualquer outra menina que cumpre as metas fantásticas e muda de ideia enquanto toma um drink numa balada. </span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Estou longe de comprar minha casa própria, talvez não case sob os mesmos moldes que a mamãe, talvez tenha um filho perto dos 40 ou talvez não tenha, enfim... Eu tenho me convencido de que a cada 365 dias que passam eu consigo entender com clareza a lista que fiz aos treze e a nova lista que entra (com mais tópicos). E é claro, ela é organizada por cores, pois cada assunto na minha vida tem uma cor não melhor nem pior, são inclassificáveis e igualmente importantes: desde a compra de uma escumadeira à viagem para Europa. </span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Aos 27 anos que contabiliza 24 horas todos os dias, lamento os livros que não li, os filmes que não vi, os aniversários da mamãe que não estive e as viagens que não fiz. Mas ainda terei 37, 47, 57, 97... E em todas essas décadas eu poderei realizar cada parte, cada pedaço que não via na tela de tubo da minha casa, mas poderei enxergar com olhos bem mais experientes e carregados dos livros lidos e não lidos, dos filmes não vistos e vistos e dos aniversários da mamãe vividos. </span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal; text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Nossa! Quem me lê deve me achar uma LOUCA, mas como não estou a fim de me comparar com outras pessoas, eu precisava falar sobre o meu tempo bem distante do de Chronos e bem perto do mundo real, onde se via o mundo pela TV de tubo catorze anos atrás e hoje posso ver o universo e a cidade dos ETs de Marte pelo celular. </span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal; text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Portanto eu decidi que meu pré-30 terá coleções de tópicos da lista não cumpridos, mudados. Só não pretendo trocar de namorado, o resto está valendo até demais! E deixa assim, o importante é que o IPTU está em dia. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><br />
</div><i><span style="font-size: x-small;"> </span></i><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><i><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">* Pensamento criado por Aristóteles natural da Macedônia (384-322 a.C). Um gênio – meio machista – que usou o termo para explicar que: “Não devemos ser nem covardes, nem audaciosos, mas corajosos. Também não deveremos ser nem avarentos, nem extravagantes, mas generosos”.</span></span></i></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><i><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O clique é de <a href="http://www.diapositivo.com.br/">Gabi Butcher </a>e log o mais, <a href="http://beladolago.blogspot.com.br/">Bela do Lago</a> vai trazer sua aquerela especilmente para esta crônica...</span></span></i></div>Las Caboclashttp://www.blogger.com/profile/00499213483353077576noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3453530279652798432.post-63089544370081443202012-02-27T19:22:00.003-03:002012-02-27T19:44:17.545-03:00Extremamente Sensível, Incrivelmente Lindo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1bFbgpw_oSvoDY50bgZHFON74iIh9xsOpHEHPajQ3jLNAGIuN3ovxnH3AJKKKQkQqy60jygGa5Gze5iShwY5w1NIKODDUNYfHxVC5iKj0wHjqBVIhCDYknL5N2c_96Sx45zGmR9oF2pU/s1600/2011_extremely_loud_and_incredibly_close_038.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="307" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1bFbgpw_oSvoDY50bgZHFON74iIh9xsOpHEHPajQ3jLNAGIuN3ovxnH3AJKKKQkQqy60jygGa5Gze5iShwY5w1NIKODDUNYfHxVC5iKj0wHjqBVIhCDYknL5N2c_96Sx45zGmR9oF2pU/s320/2011_extremely_loud_and_incredibly_close_038.jpg" width="320" /></a></div><br />
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</span><br />
<div style="text-align: right;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: x-small;"><i>“além disso, existem diversas situações em que é necessário escapar rápido, só que os humanos não possuem suas asas, pelo menos por enquanto, então que tal uma camisa feita de alpiste?”</i></span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: x-small;"><i>Do livro Extremamente Alto x Incrivelmente Perto, de Jonathan Safran Foer</i></span></div><br />
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Por Renata Daibes. </span><br />
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Era um dia em agosto de 2006. Nesse ano a FLIP (Festival Literário de Paraty) acontecia no começo de agosto, porque era ano de Copa do Mundo. O Fred queria muito conhecer esse evento e acabamos indo até a cidade histórica para saber o que acontecia por lá.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Confesso que sempre fui mais dos filmes do que dos livros. Por alguns livros fui apaixonada, como Sidarta, de Herman Hesse, mas nenhum me provoca mais sentimentos do que uma boa película, como as de Billy Wilder de preferência. Mas a influência do Fred em relação à literatura foi fundamental para mim e naquele ano tivemos um episódio marcante.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Entramos numa mesa que mudou a minha percepção da literatura para sempre. Nela, estavam o americano Jonathan Safran Foer e a escocesa Ali Smith, autores que não conhecíamos. A plateia ganhou bloquinhos contendo as primeiras páginas do livro de Foer, Extremamente Alto x Incrivelmente Perto, que foram lidas por ele logo no início do debate. Pronto! A magia já aconteceu e eu fiquei completamente fascinada por sua narrativa. Ali Smith também me encantou e fiquei curiosa para ler suas obras, o que fiz nos meses seguintes.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Quando a mesa acabou eu quis sair correndo e comprar o livro. Avistei uma fila quilométrica para autógrafos e não entendi por que tanta comoção. Tudo bem, o livro parecia ser muito legal, mas era o segundo lançamento de um autor jovem, com 29 anos na época. Por que aquela fascinação e a vontade tão grande de conseguir um autógrafo? Acabei deixando para comprar na volta da viagem.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Pois é, se arrependimento matasse...</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi isso que pensei quanto estava no meio da leitura de Extremamente Alto x Incrivelmente Perto, semanas depois da Feira Literária. Deleite, magia, encantamento, emoções que iam das gargalhadas ao choro compulsivo. Nenhum livro nunca tinha me causado. Ainda tenho muitas obras a descobrir, mas a sensação é de que já li o livro da minha vida, o que mais me fez sentir prazer na leitura e tratar a literatura de uma forma totalmente diferente. Já presenteei várias pessoas com ele e sempre penso: “Se eu encontrasse com Foer, iria pedir uma cota para distribuir para família e amigos e continuar a divulgação que já faço. Heheheh!”</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">E então o livro foi para o cinema. Sim, os filmes que tanto amo, que tanto me fazem sair da vida cotidiana e me levam a acreditar cada vez mais na arte, dessa vez me fizeram sentir o inverso. Antes de assisti-lo, tinha certeza que não chegaria nem aos pés do livro. Medo e vontade de conferir o filme se misturavam dentro de mim. Antes de ir ao cinema neste final de semana, acabei lendo críticas negativas, como esta de Ana Maria Bahiana (jornalista e escritora) http://migre.me/84GI6. Vi que mudaram personagens e pressenti que o foco não seria o mesmo dado pelo autor. O melhor seria tirar minhas próprias conclusões, com o coração apertado, como se estivesse correndo como o protagonista da história, Oskar Schell, pelas ruas de New York atrás do dono da chave e das respostas da vida.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Após ter visto o filme</span></b></div><div style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</span></b></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Detestei a tradução do título para o cinema: Tão forte, tão perto. Confesso meu nervosismo. Estava tensa como se, em partes, o filme dirigido por Stephen Daldry fosse meu. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Só que tudo foi muito bem feito. Ótimas interpretações, destacando Thomas Horn (no papel de Oskar), em seu primeiro trabalho como ator, Max Von Sydon (como o inquilino) e Viola Davis (linda, papel de Abby Black). Edição muito boa, diálogos interessantes, respeitando o conteúdo do livro, dentro do possível.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Chorei do início ao fim, vendo as reações dos personagens que só existiam na minha imaginação, e acompanhando a correria de Oskar atrás de um lugar que a chave abrisse. Chorei vendo o desespero da mãe, as atitudes da avó e a companhia do inquilino que se expressava apenas através de seu bloquinho de papel e seu “YES” e “NO” tatuado nas mãos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Óbvio que senti falta do Sr. Black, de Buckminster (o cãozinho de Oskar), da história da avó, das expressões “cem dólares”, “Googolplex”, “botas pesadas”, esta última citada apenas uma vez no filme. E também da delicadeza e sutileza de Oskar, que no filme é um pouco mais rebelde e frio. Achei também que o foco para o 11/9 foi um pouco maior do que o dado no livro. Faltou o contraponto com Dresden, falando sobre o bombardeio americano por lá.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Mas o saldo é positivo. Emociona, encanta e nos leva a Nova York. Ah, como deu saudade de estar lá, entre os metrôs e pontes, entre lojinhas estranhas e pessoas diferentes e interessantes. Na próxima ida à cidade, farei o circuito “Oskar Schell”, pelos lugares onde ele esteve na esperança de reencontrar a memória do pai que havia morrido.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">A sensação que fica é que a direção do filme tentou ao máximo se aproximar do livro. Conseguiram 1%. Interpreto como uma homenagem ao trabalho de Jonathan Safran Foer, uma tentativa de mostrar um pouquinho na tela a magia que é esse livro. Para chegar aos pés, teriam que fazer uns 10 filmes detalhados, coisa impossível para o cinema, tendo em vista a saga Harry Potter, que mesmo com 8 filmes, se aproximou talvez um terço de todos os volumes.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Senti como a arte provoca em seu público fiel uma sensação de pertencimento à obra, como se ela fizesse parte de nós. Enquanto subia os créditos, eu e o casal ao lado, fazíamos um coro de narizes puxando coriza e soluços de choro. Perguntei a eles se haviam lido a história também. Disseram que não, mas que se emocionaram bastante e iriam procurar o livro para ler. Senti quase um orgulho, de novo, como se o filme fosse um pouco meu. </span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Las Caboclashttp://www.blogger.com/profile/00499213483353077576noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3453530279652798432.post-7274697108518554662012-02-24T13:52:00.006-03:002012-02-24T14:10:34.641-03:00Minha Amazônia pode ser a mesma que a tua.<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por Vanessa Hassegawa.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">São Paulo, fevereiro de 2012 – Nunca se falou, discutiu ou se pensou em Amazônia tantas vezes quanto nos últimos anos. Belo Monte está na Globo. Sabemos que não dividiram o Pará. O technobrega está no baile da Vogue e já se sabe que açaí se come com charque e virou hidratante da Natura. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na Amazônia, especialmente a que me compete falar, a paraense, é uma verdadeira concentração de mundos. Digo isso, pois sempre que mostro ou conto algo de lá citam por aqui pelo eixo (inclusive os nordestinos) a expressão: “Nossa, nem parece Brasil!”, como se Brasil fosse... Bem, eu não vou me estender sobre o que é o nosso país, eu tenho preguiça de explicar que nós cabocos existimos e também consumimos Apple. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Folheando no avião, eu vi que a Revista da Gol publicou uma longa matéria sobre o TEDx, explicou sobre essa plataforma incrível que permitiu dar voz a muita gente. A revista mostrou pessoas que precisam de fato aparecer e melhor, aquelas que têm o que dizer... </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">Entre elas, a revista destaca o artista Alexandre Sequeira, num dos vídeos mais vistos e bem falados do TEDx Amazônia (que também já teve sua versão TEDx Ver-o-Peso). O cara chamou atenção em Belém a partir de 2005 por fazer uma exposição fotográfica ousada por sua simplicidade, sem molduras nem instalações abstratas sobre o município de Nazaré do Mocajuba-PA, uma pequena comunidade no meio da floresta. Sob as técnicas de Fotografia e Sefigrafia ele trouxe a poesia num tamanho tão real quanto toda Amazônia que deve ser propagada, com o <a href="http://alexandresequeira.blogspot.com/2010/07/nazare-do-mocajuba.html">Nazaré do Mocajuba,</a> </span>e rodou mundo a fora. Lá no meu país, “Amazônia Paraense”, tem muita gente especial como o Alexandre e é um orgulho que ele seja tão assistido. E ele ainda vem com o "plus" por ser um cara muito bacana.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Assistam também aos outros Tedx Amazônia, e depois me contem com o que o Brasil se parece.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/Do2HhRQhQRM?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><br />
</div>Las Caboclashttp://www.blogger.com/profile/00499213483353077576noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3453530279652798432.post-25558845235943434122012-01-16T18:10:00.000-03:002012-01-16T18:10:18.530-03:00Devir<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEVJekHsXf4vxaA6cX4oOXvZGdeJAbFNYFaAPYGajDA5LPNqkjSdFDX5_DfHDxcPkocmV5DbUxQmdjAAYwI1i6c3wMUepcVvIuI4uS7q-Xma2Ngm1ZhW4bpIF12sKf0JtoYVNz46UD3GI/s1600/sky.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEVJekHsXf4vxaA6cX4oOXvZGdeJAbFNYFaAPYGajDA5LPNqkjSdFDX5_DfHDxcPkocmV5DbUxQmdjAAYwI1i6c3wMUepcVvIuI4uS7q-Xma2Ngm1ZhW4bpIF12sKf0JtoYVNz46UD3GI/s1600/sky.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Daqui: <a href="http://www.mexican-fireworks.com/post/15042912104">http://www.mexican-fireworks.com/post/15042912104</a></td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Por Allan Fonseca</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mais que pensar naquilo tudo que vamos fazer em 2012, talvez seja a hora e o caso de pensar no que fizemos em 2011.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Lembro, por exemplo, que a primeira promessa que jurei, quando ainda lucilavam as bolhas de champagne em minha taça, foi a de enfrentar os medos. Quais? Todos eles. O que me incomodasse, o que me amarrasse os passos, o que me fizesse sombra ao sorriso inadvertido. Nem que, para tanto, tivesse de abrir mão da minha tranquilidade. Nem que, ao final do embate, a única recompensa a restar fosse a consoladora sensação de que não fiquei parado, esperando a vida me levar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Lembro que prometi também não mais protelar. O quê? Os mínimos acontecimentos. De uma consulta no médico a um livro interessante. De um telefonema a um par de calças novas. De uma bicicleta no quintal a um parente no interior. De uma viagem sonhada à arrumação nos papéis da gaveta. De um abraço sem causa aos gravetos da paisagem de dentro.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Lembro ainda que me comprometi a algo muito simples, ou que parecia muito simples no frenesi dos fogos de artifício: dar valor. A quê? A quem? Ao que tem valor intrínseco: a barriga laranja dos sabiás que vem cantar no meu quintal; a virada olímpica na piscina; a chuva que limpa o ar e realça o brilho do sol; o carrinho de madeira que meu avô trouxe de São Pedro; o lento desfile do rio e seu encontro com o oceano; o prato na mesa, o teto na casa, a colcha, a fronha, o lençol; o pai, a mãe, o irmão; o sermão da montanha; os lírios do campo de Deus.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Lembro que afiancei procurar o lado bom do que sobreviesse. Onde? Nos recônditos da fé, se recurso mais concreto não me houvesse, mas sempre, impreterivelmente. Interpretar cada fato como ensejo para crescer, para me aprimorar. Não me esconder, não esmorecer, não fraquejar. Não ulcerar ninguém nos espinhos de meus naufrágios. Nem que o pior me acontecesse. Nem que um amigo me traísse no afã de sôfrega ambição. Nem que os favos de doce recordação estilassem gotas de fel. Nem que eu fosse tragado pelo gargalo da solidão. Nem que se esfarelasse o oásis dos tártaros. Nem que passasse a viger o silêncio babélico da fonte seca.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Lembro como se fora ontem, mês passado, mil novecentos e oitenta e seis, no tempo dos magos reis... Lembro e vislumbro que amanhã prometerei mais uma vez o que não posso cumprir. E, no devir de mais um ano, ser humano, sem resposta, hei de inquirir: o que se fez?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">30/12/2011</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div>Allan é nosso primeiro colaborador no blog. Um amigo muito querido, escritor e tem uma sensibilidade e facilidade únicas de se expressar através das palavras. Em 2011 lançou o livro<i> A paisagem vem de dentro</i>, da editora Tecci.</div><div><br />
</div><div>Seu blog: allanbff.blogspot.com</div><div><br />
</div><div><br />
</div>Las Caboclashttp://www.blogger.com/profile/00499213483353077576noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3453530279652798432.post-2895143602581262172012-01-11T11:03:00.000-03:002012-01-11T11:03:57.653-03:00Cinema em CasaPor Renata Daibes<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">Herdei da minha família um amor enorme pelo cinema, principalmente pelos grandes clássicos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Desde criança assistia a muitos filmes, alguns nem tanto infantis, alguns tinham cenas cortadas, como Hair, por exemplo, que eu via apenas os momentos mais românticos, dançados e a famosa cena de Berger subindo na mesa de jantar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Fui crecescendo e meu amor só aumentando, e me vi viciada no clássicos americanos. Billy Wilder, Hitchcock, Robert Wise, Geroge Stevens, dentre outros. Kurosawa estava sempre por perto, Bergman também, mas confesso que só fui me interessar mesmo por eles já adulta. Gostava mais das histórias lineares e dos astros hollywoodianos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Marilyn, Montgomery, Liz Taylor, Jack Lemmon, Audrey, Gene Kelly, Fred Astaire eram de casa. Estavam quase todos os dias no vídeo cassete, me emocionando.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">De uns tempos pra cá, em Belém, minha família promove uma noite de cinema, planejada e organizada por meu tio Tadeu. Ele define um tema e cada um leva uma cena baseada no tema já previamente divulgado.</div><div style="text-align: justify;">Dessa última vez falamos sobre comida. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Abaixo seguem algumas das cenas escolhidas pelos participantes.</div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/mtZTIwSIuGw?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
<object width="320" height="266" class="BLOGGER-youtube-video" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=6,0,40,0" data-thumbnail-src="http://1.gvt0.com/vi/cXib5_glVNE/0.jpg"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/cXib5_glVNE&fs=1&source=uds" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><embed width="320" height="266" src="http://www.youtube.com/v/cXib5_glVNE&fs=1&source=uds" type="application/x-shockwave-flash"></embed></object></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/pO5vbDlxIi4?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O único porém é que minha família tem descendência árabe. Não, isso não é um problema, mas gera alguns contratempos. Por exemplo, as pessoas não ouvirem a cena em questão, os comentários rolam no meio do filme e posso afirmar que não são cochichos. A comunicação na sala é bem do jeito árabe/paraense de ser: quase gritando.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Rolam aplausos, risadas, comilança no meio e às vezes até vaia quando alguém não concorda com o filme. Ninguém fica calado. Mas o mais gostoso é o interesse de todos, desde minhas sobrinhas de 5 e 9 anos, até minha avó, todos ali empolgados e cobrando que esse evento faça parte do calendário anual de encontros da família.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O cinema é uma das alegrias de minha vida e será eternamente assim. Não sei viver sem. Afinal, já tá no sangue.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: -webkit-auto;"><span style="font-size: x-small;">Obs. A minha cena foi a de Em Busca do Ouro. Não deu pra colocar todas as cenas, porque foram muitas, mas ainda tiveram <i>A festa de Babete, Ratatouille, Harry Potter, A Noviça Rebelde, Hook - A Volta do Capitão Gancho, Jesus de Nazaré</i>, entre outros. Fora <i>A Festa de Babete</i>, nenhum dos filmes fala exatamente sobre alimentação. O legal foi mostrar que cada filme dentro de sua história acaba tendo uma cena com comida e cada diretor tem uma forma completamente distinta de apresentar. Romântica, informal, festejada ou na miséria cenas de refeição são presentes nas obras cinematográficas.</span></span> </div>Las Caboclashttp://www.blogger.com/profile/00499213483353077576noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3453530279652798432.post-20500525927249769262011-11-09T14:59:00.007-03:002011-11-15T11:34:50.902-03:00Pendure no pescoço e rode por aí.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.carnemoida.com.br/"><img border="0" height="265" ida="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjm0r_0fRf-8MZWsnN6oEIKSUwEqJ_V8SKE37dClzh83HJZeA5RJV-aK5pT1b0SivA4E_FM2EBhmBRULxeIlDBqEn2spH1kTzFO-fn8vBGu6mWBAzTLqlyYe7KloNngcfp6LLKUntE1X9c/s400/CARNE+MO%25C3%258DDA.jpg" width="400" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Por Vanessa Hassegawa</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Em tempos que confundem liberdade de imprensa com difamação e “bullyng” é utilizado como substituto da palavra preconceito, ainda acredito no equilíbrio. E peço desculpas à minha timidez para dizer que estou “me achando” hoje.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Sem misturar conceitos vanguardistas e novas gírias, o <a href="http://www.carnemoida.com.br/">Carne Moída</a> foi posto na rua. Um investimento de poucos reais e excessivamente criativo colocou o centro de São Paulo e algumas pessoas queridas entorno de uma cerveja , risos e prazeres. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Nessa simples intenção de por um precioso minuto em qualquer câmera levou à cena 32 minutos, 32 obras de arte. Todos eles compactuaram com a coragem de jovens - de 20 a 30 e poucos- que acreditam na arte de forma acessível e carregada de organicidade.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">A proposta do Carne Moída de reunir criadores que tivessem produzido vídeos de até “1 minuto” não tem nenhum ineditismo, mas não estamos falando de pioneirismo e sim, da acentuação do ego em sua melhor forma. Uma ode à carne de segunda, um louvor a obras de quem acredita que a sua arte está dentro. Todos podem literalmente pendurar sua “melancia no pescoço” e aparecer por aí. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Amigos e meu amor* (já que essa crônica é uma verdadeira rasgação de seda às pessoas queridas e quase um alter-ego, afinal um gostinho de minha pesquisa sobre as "encantadas" da Amazônia paraense também esteve lá) acordei sentido que nós artistas da cena fora do circuitão temos que agir fazer e desfilar.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Comprem ou não nossa arte de bullyng alheio. Porém, saibam que nossa liberdade de expressão não ofende as moças ricas do pop brasileiro e a imprensa. Lanço um decreto: Vamos moer nossa carne de segunda e fazer muitos pratos principais!</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: Trebuchet MS;"><b>Veja isto:</b></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><div class="MsoNormal" style="margin: 12pt 0cm 0pt;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://vimeo.com/31390697"><img border="0" height="233" ida="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYszE9J7fs-QaXkY_WSQLXl2KihoxiHwOLW1IIlD7PaIonCXkZD2FV2J5YhFrVls8v6iBkoozZwDb9Ci7GwO987RyVoj3JBf-0mbUpdnVpwKgt2wC_03jqGg4_VmQ8E7k96Ifr1LzXoPQ/s320/encantada.jpg" width="320" /></a></div><br />
<br />
<br />
</div></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><i>Obs: </i><i><b>Encantada</b> é um trecho de meu projeto de videodança sobre mito, lendas e feminilidade das ilhas do Pará. Este vídeo foi gravado na Ilha de Algodoal e contou com captação, edição e trilha de Ruy Lessa (o “meu amor” mencionado acima).</i></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><br />
</div>Las Caboclashttp://www.blogger.com/profile/00499213483353077576noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3453530279652798432.post-38569527680528955102011-11-03T11:31:00.000-03:002011-11-03T11:31:00.541-03:00Senta e Espera<div class="MsoNormal" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif;"></span></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="font-size: small; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh66B93hIphjM7V6Anmn8g5x-1kyiq7bWBtEMHscZI8xhhJQnw4jfcXj-8dm4hCI7VuuTwfc07TTBwjri_0Guly73rIQGHRnBqQDFd1cpoMDnhIq3xV4oiVEpuqvWx7R6Lo3zyk8N1S0kI/s1600/espera.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh66B93hIphjM7V6Anmn8g5x-1kyiq7bWBtEMHscZI8xhhJQnw4jfcXj-8dm4hCI7VuuTwfc07TTBwjri_0Guly73rIQGHRnBqQDFd1cpoMDnhIq3xV4oiVEpuqvWx7R6Lo3zyk8N1S0kI/s320/espera.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: xx-small;">Daqui: </span><a href="http://tempo-ao-tempo.tumblr.com/" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: xx-small;">http://tempo-ao-tempo.tumblr.com/</span></a></td></tr>
</tbody></table><br />
<div class="MsoNormal" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">Por Renata Daibes</span></div><div class="MsoNormal" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">A vida nem sempre atende às nossas expectativas momentâneas. Estamos à espera de respostas, de notícias e parece que elas estão demorando uma eternidade pra chegar.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">Enquanto isso, vamos vivendo, fazendo as pequenas escolhas do dia-a-dia, seguindo nosso curso, mascarando aquela expectativa imensa que tá quase explodindo dentro da gente.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">E como esconder a ansiedade? Respirar fundo e continuar seguindo em frente? Dá vontade de sair correndo de casa, falar tudo pra todo mundo, aquilo que tá engasgado, ou resolver todas as pendências que precisam de um ano pra se resolverem, tudo em um dia só. Mas as coisas não funcionam assim.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">Só estou assimilando agora (depois de muito penar) que o tempo é muitas vezes senhor da nossa vida. Nem sempre adianta nos anteciparmos, criamos situações. Esse senhor virá e falará “agora fica sentadinha e espera, não adianta ficar correndo atrás sempre, eu que vou agir e decidir quando é melhor pra você que algumas coisas aconteçam.”</span></div><div class="MsoNormal" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">Às vezes planejo, crio, invento. E mesmo assim, me vejo depois esperando uma resposta que demora parece séculos a vir. E quem está por perto fala “lê um livro, vai fazer uma aula, estudar, tira o foco disso que ajuda a passar o tempo”. Desfocar é a palavra.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">É o teste da paciência, da compreensão, da calma.</span></div>Las Caboclashttp://www.blogger.com/profile/00499213483353077576noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3453530279652798432.post-43746560382505332842011-10-10T21:27:00.001-03:002011-10-10T21:28:55.390-03:00Dançando em BelémPor Equipe Las Caboclas<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">O Las Caboclas abre espaço para divulgar o trabalho e pesquisa de quem nos chama atenção e que nos identificamos com a proposta. Hoje falamos um pouco sobre o trabalho de uma bailarina, paraense como nós e amiga de muitos anos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ana Flávia é bailarina, pesquisadora de dança e professora doutora da Escola de Teatro e Dança da UFPA, em Belém. Ela faz parte do grupo “PESQUISA EM IMANÊNCIAS NA CENA, um coletivo de artistas-pesquisadores ligados à Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará que se propõem a investigar processos criativos em artes cênicas à luz do conceito de imanência (Deleuze e Guattari), bem como articular suas experiências a outros conceitos emergentes na contemporaneidade.” Texto retirado do blog: http://imanencias.wordpress.com onde existem outros textos e vídeos sobre as pesquisas do grupo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Vale super à pena ver o blog e conhecer melhor o trabalho deles. A Flávia é Coreógrafa e diretora artística da Companhia Moderno de Dança. Essa Companhia é, na minha opinião, uma das melhores do Estado e produz espetáculos que já foram premiados pelo Brasil. E eles acabaram de ganhar o prêmio SECULT 2011 de incentivo à dança, no começo do mês de outubro, com a coreografia "Serpentinas e Poesias". Pensem numa pessoa que faz acontecer a cena de dança em Belém!! Essa é a Flávia e seus pupilos!</div><div style="text-align: justify;">Aqui vocês podem ver um vídeodança, protagonizado pela própria Flávia. Muito sensível e delicado.</div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/4U4IMAQ2cfs?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><br />
<br />
Espero que curtam a dica!<br />
Abraços!Las Caboclashttp://www.blogger.com/profile/00499213483353077576noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3453530279652798432.post-82661418705125790792011-09-12T16:51:00.000-03:002011-09-12T16:51:31.171-03:00A nossa Nova York<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgk5knySs01m5Gnahijfj9G-l_ACNpbPDcCzdD5KzTwghvCM1IxxuP4zMlSsszeslR6a-6UUl-zap0j56nyxtD42_cnD-R-bvHWHxmM4d7gbVZdfwAZaBHoNFxjVEfr35n27YVlSYHoN8s/s1600/IMG_0293.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgk5knySs01m5Gnahijfj9G-l_ACNpbPDcCzdD5KzTwghvCM1IxxuP4zMlSsszeslR6a-6UUl-zap0j56nyxtD42_cnD-R-bvHWHxmM4d7gbVZdfwAZaBHoNFxjVEfr35n27YVlSYHoN8s/s400/IMG_0293.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><i>Maybe we never Forget </i>escrito na placa em homenagem aos bombeiros que morreram no atentados às torres, em 2001. Foto de Fred Linardi.</span></td></tr>
</tbody></table><br />
<div style="text-align: center;"><br />
</div><br />
Por Renata Daibes<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">Depois de muito economizar e planejar, estive em março de 2011 em Nova York para estudar e passear, conhecer a cidade que tanto vi em filmes e fotos.</div><div style="text-align: justify;">Em época de lembrar os dez anos de 11 de setembro, com a TV e internet pipocando de lembranças e relatos sobre o terrível atentado nas torres gêmeas, minha visão sobre Nova York em relação ao atentado mudou.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A ideia era que aquilo acontecia num lugar ao mesmo tempo perto, mas tão distante, algo inexplicável e inalcansável, como tantas imagens que vemos todos os dias. Situações de tragédia ou alegria que parecem próximas porque chegam com uma rapidez, mas ao mesmo tempo ficam lá longe, em locais que não fazem parte de nossa cotidiano diretamente.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mas depois de visitar a cidade esse ano pela primeira vez, conversei com pessoas que passaram pela situação no dia do acontecido, pude visitar o local de construção da nova torre e conheci também o memorial pequeno, que dará lugar a um enorme. Vendo tudo de perto é bem diferente.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Parece que a qualquer a momento em que eu andava pela cidade iria encontrar Oskar Schell, personagem do livro Extremamente Alto x Incrivelmente Perto de Jonathan Safran Foer, que procura insanamente pistas sobre uma chave que ele acha no quarto do pai, este que desapareceu nos ataques às Torres Gêmeas. Aquele garoto, tão incrível que flutua pela cidade tão sensivelmente, vendo tudo com tanta delicadeza, mesmo com a cidade tão fora de si logo em seguida aos ataques</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nova York pareceu pra mim, acolhedora, sensível e pacífica. Senti uma tranquilidade imensa na cidade, muitas crianças nas ruas, pessoas de todas as classes sociais no metrô e uma mistura gigantesca de cores, raças e credos. E não pensem que fiquei somente na parte turística, por 12 dias tive uma rotina intensa das oito e meia da manhã às cinco da tarde, convivendo com novaiorquinos e moradores da cidade, morando na casa de uma brasileira que vive em NY e meu cotidiano foi de trabalho e correria. Então, pude sentir um pouquinho o que é a rotina daquela cidade.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Independente de ideologia política, de quem tem razão ou não, eu saí com a sensação que aquele lugar, apesar de TUDO, não mereceu sofrer o que sofreu. Falo isso pelas pessoas que moram ali, que trabalhavam nos prédios, pela poesia que grita nas ruas da cidade, por tudo que senti o quanto aquela cidade pulsa artisticamente. Talvez isso de ficar filosofando a vida diariamente me faz acreditar que lugar nenhum do mundo merece receber bombas, atentados, ter assassinatos, roubos, estupros, etc, mas em particular NY me fez acreditar que propaga uma energia contrária até a isso que pensamos que os EUA transmitem. Nem o “american way of life” sobrevive à Nova York. É uma cidade que deveria pertencer “somente” ao planeta e não a um país, tamanha liberdade que se sente ao andar pelas ruas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Os dias que passei na Big Apple me ajudaram a desmistificar muita coisa que estava na minha cabeça e acreditar mais no que se vive do que aquilo que nos é transmitido pela da mídia.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Las Caboclashttp://www.blogger.com/profile/00499213483353077576noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3453530279652798432.post-23029642531275457712011-09-05T14:14:00.000-03:002011-09-05T14:14:38.814-03:00Público Gay<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjA_ToJx3xCI6Wjhq2k_YWfvZde9PLocHbsnr21gF0lXHK9_g4PyjSWV89vnqVkbLz6ofhJJMIL74sCcwT16LcGoY9BRVDPh7fvFN4Uz43-s0Kyc_Dn84wpYZ1DFFtMWupm0r1Kykq37XQ/s1600/gayBalloons.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjA_ToJx3xCI6Wjhq2k_YWfvZde9PLocHbsnr21gF0lXHK9_g4PyjSWV89vnqVkbLz6ofhJJMIL74sCcwT16LcGoY9BRVDPh7fvFN4Uz43-s0Kyc_Dn84wpYZ1DFFtMWupm0r1Kykq37XQ/s320/gayBalloons.jpg" width="233" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="http://www.imagesbydirk.com/">http://www.imagesbydirk.com/</a></td></tr>
</tbody></table><br />
<br />
<br />
Por Renata Daibes<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">De repente ouço: eu não frequento o shopping Frei Caneca porque não gosto do público. Penso, talvez não seja bem o público, talvez seja a música, as lojas, ou a distância que aquele shopping ou cinema ficam de minha casa. Mas o que eu finalmente sou forçada a ouvir é: não gosto do público gay.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O que será público gay? Alguém todo fantasiado, de saia, te aliciando no banheiro? Ou pessoas comuns, que trabalham, pagam suas contas e impostos, que são médicos, engenheiros, garçons, empresários, fotógrafos, advogados, dentre outros? A primeira alternativa não se refere ao público gay, ao meu ver, e sim a algum personagem de programa de humor, onde os gays são sempre personificados como “seres engraçados”, exóticos ou sexuais. Já a segunda se refere aos gays, aos héteros e todos nós, seres humanos, que lutamos para viver nesse mundo que destruímos aos poucos e aos muitos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Será que tudo isso é o medo do diferente? A chacota, o bullying, aquele colega que vive às custas de maltratar os demais, será que não se esconde dentro de uma capa de medo e timidez de mostrar quem realmente ele é, seja gay ou não? A nossa sociedade criou artimanhas para sustentar o preconceito. Acreditamos que nossos filhos não podem jamais ser gays ou andar com gente “desse tipo”. São más companhias, emanam energia negativa, não são de Deus. Ou então viram bichos de zoológico: venham conhecer meu amigo gay, ele é lindo e incrível e super engraçado!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E ainda existem preconceitos dentro de outros, como fazer comentários do rapaz que trabalha no escritório e que nunca apareceu com namorada. Mas e quando se trata do dono da empresa, que também é gay, mas paga o seu salário, é simpático com você e para todos é um bom chefe?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Não venho por meio deste texto dizer que os gays estão acima do bem e do mal, mas sim dizer que pessoas somos iguais: com sentimentos, defeitos, qualidades, questionamentos. Então, porque que eu posso me casar, ter filhos, ter um emprego, sair de mãos dadas na rua, frequentar um shopping e alguém que goste de pessoas do mesmo sexo não pode?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O sexo é sempre assunto, os amigos e família querem saber com quem estamos ou não transando. Mas um casal hétero, com o casamento fadado ao fracasso, sem sexo há tempos e mantendo aparências, não é visto como anormal para a sociedade? Observamos tanto o comportamento do outro e não olhamos nossa própria vida. Hipocrisia constante.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Quem a gente pensa que é para diminuir alguém ou para ser melhor que o outro por causa de nosso perfil sexual? Também, é melhor ir com calma na luta porque muitas vezes nós, que tanto fugimos do preconceito, nos tornamos preconceituosos às avessas ou chatos de plantão.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Acredito em um debate ainda muito necessário, mas que o final seja uma igualdade que não precise de discussão. Que vejamos beijos gays nas novelas e não nos assustemos e nem necessariamente digamos que lindo!! Que casamento gay seja apenas a união de duas pessoas que se amam e não precisem ainda ficar levantando bandeira para se afirmar. Que possamos fazer uma festa com gays e héteros e não nos preocupemos se haverá piadinhas ou desconfortos. E cada um se preocupe em cuidar da sua vida se preocupando em dar espaço ao outro.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E fazendo um desabafo mais do que pessoal, tenho pessoas que amo demais que são gays e outras tantas héteros, então me poupem de comentários desse tipo ao meu redor. Isso definitivamente não cria diferença entre elas para mim. Grata!</div>Las Caboclashttp://www.blogger.com/profile/00499213483353077576noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3453530279652798432.post-11406108620135198002011-08-15T15:30:00.014-03:002011-08-15T15:52:38.441-03:00Extensores de bochecha.<span class="Apple-style-span" style="-webkit-text-decorations-in-effect: none; -webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: black; font: normal normal normal 13px/normal arial, sans-serif; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="-webkit-text-decorations-in-effect: none; -webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: black; font: normal normal normal 13px/normal arial, sans-serif; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-text-decorations-in-effect: none; -webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: black; font: normal normal normal 13px/normal arial, sans-serif; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6wM8Fi4zU9ZL_-6aPw7sqd2RrLDgk1HIuYchXQe4ZFZaqrHDRk3aV5mV5xSRCpcdQqbFjut0ZwDId2voIZYvRm28HszV_AkRvq68Nqx56eF2aiNyC5U-tRFiPvNaCWbR_xvzDSUyCz1A/s1600/14698+UVO+01M+SK+U30MK1+copy+b+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="219" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6wM8Fi4zU9ZL_-6aPw7sqd2RrLDgk1HIuYchXQe4ZFZaqrHDRk3aV5mV5xSRCpcdQqbFjut0ZwDId2voIZYvRm28HszV_AkRvq68Nqx56eF2aiNyC5U-tRFiPvNaCWbR_xvzDSUyCz1A/s320/14698+UVO+01M+SK+U30MK1+copy+b+%25281%2529.jpg" width="320" /></a></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Por Vanessa Hassegawa</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-text-decorations-in-effect: none; -webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: black; font: normal normal normal 13px/normal arial, sans-serif; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">A primeira vez que vi o bizarro na arte foi aos 16 anos quando assisti aos espetáculos Carne dos Vencidos no Verbo dos Anjos e Violência, ambos da Cia Cena 11 de Florianópolis. Nesta época, a escola de balé em que eu estudava em Santa Catarina ganhou ingressos e algumas mães de minhas amigas não as deixaram ir por conta das fotos do flyer, que sugeria sangue e pouco figurino em cena (imagine isso às prodigas bailarinas clássicas, há!). </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">O espetáculo aconteceu numa quadra de esportes de Joinville e, em alguns trechos, dentro de uma bolha transparente que “sufocava” quem assistia à técnica de quedas e suspensão (não tenho cacife para defini-la melhor) e se apresentavam sob figurinos tecnológicos, peitos enormes, bocas esticadas cheias de botox (usavam extensores de bochecha), metal e pernas de pau. Apresentava num dança-teatro ou uma dança contemporânea feita por corpos disformes aos padrões 4X4 do clássico.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Não tão distante desse trabalho de dança, mas sob um climinha badalado-cosmopolita, na semana passada conheci a exposição que minhas amigas divulgaram: USAnatomy, de Steven Klein, que está rolando no Mube (Museu Brasileiro da Escultura). Apesar de ser o dia frequentado por pessoas que só vemos em revistas, o trabalho de Klein não ficou atrás das celebridades soltas pela galeria. Ao contrário: transcendeu.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Klein mixa o universo de beleza de humanos icônicos à sua/nossa alma de valores distorcidos... Assim como em dança, não sei definir e dissecar seu gênero artístico com precisão, só pude sentir as mesmas impressões dos bailados de Cena 11 e cada fragmento de humanidade. Carne e valores estampados sob lentes incríveis, sejam as das nostálgicas Polaróides aos painéis digitais extremamente bem produzidos.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">As mais espetaculares são as cenas de happy family de Angelina Jolie e Brad Pitt seguida da cena de brincadeira com o revolver e a do super Edward Norton que não apenas alegrou as crianças com seu Hulk, mas nos leva a uma viagem minuciosa em representar um cara sozinho num quarto vazio com seu prato de comida inacabado... Muitas cenas reais com humanos que antes pareciam pertencer a outra galáxia.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Entre os “bons drink” e muitas risadas com as amigas durante a exposição, senti essas impressões malucas que me fizeram pensar nas obras de artistas que não sei exatamente se quiseram dizer isso, mas que me impressionam por causar um ruído muito semelhante quanto suas plasticidades: um por meio de passos em um palco e o outro pendurado em paredes.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Obs: A Mostra está inserida no projeto Iguatemi Photo Series – que sempre traz artistas maravilhosos em exposições incríveis! – é promovido em parceria com a Oi.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Dê uma passadinha por lá:</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">MuBE - Museu Brasileiro da Escultura</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Av. Europa, 218 - São Paulo - Brasil</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Terça a domingo das 10h às 19h</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">11 2594-2601 - mube@mube.art.br</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Vernissage: dia 10 de agosto, a partir das 20h para convidados.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Visitação: de 11 a 28 de agosto</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Entrada Franca </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">O Museu possui acesso para portadores de necessidades especiais e café/restaurante.</span><br />
<div><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"><br />
</span></div></div><span class="Apple-style-span" style="-webkit-text-decorations-in-effect: none; -webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: black; font: normal normal normal 13px/normal arial, sans-serif; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"> <span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"> </span></span>Las Caboclashttp://www.blogger.com/profile/00499213483353077576noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3453530279652798432.post-6716685495547870532011-08-11T17:35:00.000-03:002011-08-11T17:35:50.209-03:00Não sei lidar<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiSq2cIhr1Z9bx2OhfO1EwE3siXpi4C4uruAkvRgugfPr8LCBK8VVecvv5qwLYbZFmtSfetGKoXo2rkPCB02SfIgf9efIwmL7aaOY01oNkuE9x_nwMdtSlerUewa_1UxQTMFEMBkyRkd0/s1600/IMG_0161.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiSq2cIhr1Z9bx2OhfO1EwE3siXpi4C4uruAkvRgugfPr8LCBK8VVecvv5qwLYbZFmtSfetGKoXo2rkPCB02SfIgf9efIwmL7aaOY01oNkuE9x_nwMdtSlerUewa_1UxQTMFEMBkyRkd0/s400/IMG_0161.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: #fefefe; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 15px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: xx-small;"><i id="yui_3_3_0_3_13130945466551164" style="font-style: italic;">Christina's World</i>, 1948<br />
Andrew Wyeth (Americano, 1917-2009)<br />
Obra exposta no acervo do Moma, NY</span></span></td></tr>
</tbody></table><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-size: 13px; text-align: justify;">Por Renata Daibes</div><div class="MsoNormal" style="font-size: 13px; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-size: 13px; text-align: justify;">Talvez nunca aprenda, nem sei se existe uma maneira de aprender. Mas eu ainda não aprendi a lidar com a morte.</div><div class="MsoNormal" style="font-size: 13px; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-size: 13px; text-align: justify;">Seja aquela morte que vemos numa notícia, seja de um amigo de um amigo, ou de um parente próximo, aquilo fica martelando dia, meses e, dependendo do caso, anos dentro da minha cabeça.</div><div class="MsoNormal" style="font-size: 13px; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-size: 13px; text-align: justify;">Fico imaginando os últimos dias, pensando <i>Será que a pessoa sabia que ia morrer? </i>Como foi a última vez que falou com as pessoas que mais amava, como foram os últimos minutos e o que será que ela sentiu no momento exato?</div><div class="MsoNormal" style="font-size: 13px; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-size: 13px; text-align: justify;">Soube recentemente da morte da minha diarista, que na verdade fazia seis meses que eu não a via. Por motivos financeiros, decidi dar conta de tudo por aqui eu e o noivo desde o começo do ano. Quando recebi a notícia há duas semanas, fiquei muito triste e, de novo, pensativa. </div><div class="MsoNormal" style="font-size: 13px; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-size: 13px; text-align: justify;">Pensei nas últimas vezes que ela veio aqui, nas nossas conversas, nas histórias que ela contava da Bahia e sobre o filho de nove anos que ela amava tanto. Lembrei dela pra lá e pra cá aqui em casa, arrumando tudo, limpando. Lembrei do dia a dia, pensei nela pegando ônibus pra ir e vir, nos afazeres diários e, de repente, tudo isso acabou. Eu não encontraria mais com ela, nem ouvirias as histórias, as pessoas que cruzavam com ela na rua ou no elevador não cruzarão mais. E assim as coisas se vão.</div><div class="MsoNormal" style="font-size: 13px; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-size: 13px; text-align: justify;">Penso também nas diferenças entre uma situação e outra. Lembrei de uma grande amiga que morreu de repente, assim como minha diarista. Lembrei de meu avô que ficou naquele vai e vem entre hospital e casa durante muito tempo. É a mesma dor, mas de formas diferentes. O fato da despedida ou não, a distância física, isso não muda o fato da falta que a pessoa faz em minha vida. Fico pensando, divagando, filosofando mil coisas.</div><div class="MsoNormal" style="font-size: 13px; text-align: justify;"><br />
</div><span style="line-height: 17px;">E esse texto acaba assim, sem um final conclusivo, porque para mim a morte ainda é uma coisa inexplicável, apesar de acreditar em algo melhor depois desse inferno que muitas vezes vivemos aqui. Vamos em frente, criando, fazendo planejamentos e tentando viver um dia de cada vez.</span>Las Caboclashttp://www.blogger.com/profile/00499213483353077576noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3453530279652798432.post-79224080143776562022011-08-04T11:14:00.000-03:002011-08-04T11:49:22.703-03:00Não vi e tenho inveja de quem viu<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6WJ8xBLVPitENiuWE7MUI5_G7V7lgYoVwGAursCZr2ojJzJJi7xd2fz6OxAM0MeyBtdJmU09C6YcVNgsm3A6anVW_W76EDpCrn1DWO6UvZWNywxqgxHXP7yiIgn9sn6nwydaR27tcXkc/s1600/1969128-2270-rec.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6WJ8xBLVPitENiuWE7MUI5_G7V7lgYoVwGAursCZr2ojJzJJi7xd2fz6OxAM0MeyBtdJmU09C6YcVNgsm3A6anVW_W76EDpCrn1DWO6UvZWNywxqgxHXP7yiIgn9sn6nwydaR27tcXkc/s320/1969128-2270-rec.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: center;"><div style="text-align: left;">Por Renata Daibes</div></div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">Quarta feira da semana passada, dia 27 de julho de 2011, foi um dia muito especial para o futebol brasileiro e para quem aprecia obras de artes também.</div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">Um jogo clássico, como na maioria das quartas e domingos acontece. Flamengo e Santos em campo na Vila Belmiro. Infelizmente não passou na TV aberta em São Paulo. Só assistiu quem teve a oportunidade de comprar o jogo por alguma TV paga. Não quero nem discutir essa escolha de jogos que passam ou não na TV aberta porque esse post não é de protesto e sim de deslumbre.</div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">Fui jantar com alguns familiares, que passavam sua última noite de férias na capital paulistana. Ainda no restaurante, minha mãe me liga, diretamente de Belém, para dizer que está acontecendo um jogo super emocionante entre os dois times. Eu fico com uma agonia no coração por não estar em casa e por não ter comprado os jogos do Flamengo no campeonato. Mas tudo bem, já perdi tantos outros jogos, um a mais um a menos não faria tanta diferença assim.</div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">Quando estávamos indo pra casa trocando de estações no rádio, parei numa narração do jogo. De repente, ouço um grito de gol do locutor, dizendo que acabara de acontecer o 5º gol do Flamengo e o jogo estava praticamente no fim, com o placar de 5X4. Minha mãe ligou novamente. Neste momento, eu já estava subindo o prédio às pressas. Abri a porta de casa, liguei a TV e nada! Estava passando outro jogo, que se não me engano também foi bonito, mas não tão especial quanto aquele que acabava de terminar.</div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">Me restou ver reprises, comentários e ler coisas sobre a partida.</div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">Mas no fim das contas estou feliz, apesar da inveja de quem viu o jogo. Pois vendo tudo o que vi depois, senti uma energia boa, coisa que não sentia desde quando o Flamengo foi campeão em 2009.</div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">Foi até mais profundo do que a sensação da vitória em si. Uma coisa gostosa de sentir, de acreditar no futebol, que ainda existe arte, que se todos os envolvidos, jogadores, comissão técnica, dirigentes e torcida quisessem, poderíamos viver aqui no nosso país algo muito melhor do que temos hoje. Poderíamos eleger o melhor jogador do mundo sem precisar que eles saíssem daqui. Talvez fazer uma Copa aqui muito mais organizada e com estrutura, sem roubalheiras e corrupção. Poderíamos influenciar nossos jovens que estão começando no esporte a não querer apenas lucrar de clube em clube, mas passar a eles que o que vem antes é o amor à arte do futebol e amor ao clube, aos seus companheiros.</div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">Continuo sonhando com essa realidade que, depois desse jogo, não me parece mais impossível. Ver os jogadores adversários se abraçando, Ronaldinho e Neymar, e mais especial ainda ver Neymar e Luxemburgo (técnico do Flamengo) abraçados, rindo e felizes. Obrigada Neymar, Ronaldinho e todos os jogadores e responsáveis por esse jogo magnífico.</div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">Queria só mais duas coisas impossíveis, ter assistido esse jogo com meu avô, que me fez amar o Flamengo, e uma crônica de Armando Nogueira sobre este jogo, para ler no dia seguinte. Ah sim, isso seria fechar com chave de ouro.</div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">*Reportagem muito boa do Esporte Espetacular sobre o jogo: <a href="http://www.youtube.com/watch?v=OrIDYIUzs2A">http://www.youtube.com/watch?v=OrIDYIUzs2A</a></div>Las Caboclashttp://www.blogger.com/profile/00499213483353077576noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3453530279652798432.post-17944924112402792132011-08-01T17:58:00.000-03:002011-08-01T17:58:47.147-03:00Meu primeiro ménage a trois foi assim...<span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 0px; -webkit-border-vertical-spacing: 0px; -webkit-text-decorations-in-effect: none; -webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; border-collapse: separate; color: black; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhD01vW5NvjfnZlFIore9Puhc0nEwygFfetMrjWXmRqDXVmeTpFNGs9MaV4IQYUtio4r3u9W4FP5_8ni30bwjPqgay8V-dSuUFnpPPIcQYCyI0oHZOTSNXpqCTm1k6iO6rgbZn3V1vzl_4/s1600/Amourus-Emus-Menage-a-Trois+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhD01vW5NvjfnZlFIore9Puhc0nEwygFfetMrjWXmRqDXVmeTpFNGs9MaV4IQYUtio4r3u9W4FP5_8ni30bwjPqgay8V-dSuUFnpPPIcQYCyI0oHZOTSNXpqCTm1k6iO6rgbZn3V1vzl_4/s320/Amourus-Emus-Menage-a-Trois+%25281%2529.jpg" width="245" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div align="center"><br />
</div><br />
<span>Por Vanessa Hassegawa</span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;"><span>Cedo ou tarde eu preciso conhecer pessoas e coisas. Conheci o trabalho de Gerald Thomas este ano, com meus ansiosos vinte e poucos anos, mas não vou refletir muito sobre isso remoendo o porquê de eu ter demorado tanto para encontrar no meio de tanto pêlo e nó do mundo o trabalho de Gerald.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span>Acabei de assistir sua nova obra,<span class="Apple-converted-space"> </span><i>Gargólios</i>, e fiquei extasiada pela quantidade de palavras, sons e texturas sobre o palco.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span>Tudo positivamente solto, demandas sonoras de palavras e expressões atuais como<span> <span class="Apple-converted-space"> </span></span>iPods, iPads, Apple, Sony, etnias que transformam a cidade grande... tudo largado e arrematado com uma única e profunda certeza: toda a bagunça sintetiza a vida (ao menos para mim).</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span>Não escrevo somente para mostrar a forma que compreendi os símbolos, signos daquele trabalho, até porque para atingir a conceitos e fontes faltam-me mil livros e referências... Posso apenas expor o que senti depois daquela peça (ou a não-peça).</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span>Na cena, interferências do próprio Gerald, que tocava seu baixo sob os acordes de Led Zepelin, a cenografia de escombros, a poeira e um sangue molhado e sombrio que escorria do corpo nu de uma das atrizes, pendurada no centro do palco. Com uma prontidão e tônus incrível, ela ali estática aclamando num silêncio barulhento todos os gritos que ecoam diariamente nessa televisão que não para de balbuciar sangue, morte, estupros, vendas, carne, tudo com pouco tato.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span>Não me contive e, ao final da peça, comprei o livro com as crônicas que Gerald blogou de 2004 a 2010. Fui com minha grande amiga Sá, super fã do trabalho do cara.<span class="Apple-converted-space"> </span><span> </span>Ficamos numa fila cheia de tietes para conseguir o autografo – e o artista lá sentado, irritadiço e ansioso – para talvez ficar com ele mesmo e entender o efeito daquele dia de sua encenação. Ele pegou nosso livro e dissemos que queríamos a dedicatória para as duas e ele disse:<span class="Apple-converted-space"> </span><span> </span>- ótimo já que são duas em um posso fazer um<span class="Apple-converted-space"> </span><i>ménage a trois</i><span class="Apple-converted-space"> </span>com vocês sem problemas né?</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span>Rimos envergonhadas e acho que, apesar da inadequação, felizes por ter tido naquele dia uma piadinha de um cara que modificou as impressões sobre meus outros dias. Só sei que voltar ao trabalho no escritório na semana seguinte foi conflituoso. Estive enlouquecida com pensamentos contraditórios sobre o quão abusivo da minha parte por me sentir na cena de<span class="Apple-converted-space"> </span><i>Gargólios</i><span class="Apple-converted-space"> </span>todos os dias, por reconhecer as personagens da peça no dia a dia. Me percebi nesse núcleo do Sistema, me reconheci também pensando sobre o mundo corporativo e a crítica feita sobre esse universo, sobre o Eugenismo vindo das declarações de colegas de trabalho, sobre a minha identidade perdida ou não perdida ou, sobre a qual mundo quero pertencer? Mas peralá: há outro para mim, há outro para Gerald Thomas? Qual o veredicto justo desse mundo em que precisamos do dinheiro do Sistema para pagar aluguel, comprar coisas e cenouras e TAMBÉM assistirmos a obras como a de Thomas – a consequência é que produzimos pensamentos. Putz, tô pensando, que merda é essa?!</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span>Dentro de minha terrível bagunça interna, cito a própria passagem por quem me fez pensar; no programa de<span class="Apple-converted-space"> </span><i>Gargólios</i>:<span class="Apple-converted-space"> </span><i>“... ou um ‘caos sobre o caos’. Mas o transformei numa clínica psicanalítica onde os heróis e super demagogos se sentem traídos pelo próprio ego sentidos com tantos ipods, tantos ipads e tantos iphones (aliás escrevo esse release num iPad, ouvindo música pelo iPod. Hummmm, que estranho. Será que virarei um download?)</i>”</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span>É, meu caro, e é nessa imperfeição que te considero hoje uma influência que preciso explorar. Correr atrás de suas fontes na psicanálise, a bagunça de Beckett, meu<span class="Apple-converted-space"> </span><i>ménage a trois</i><span class="Apple-converted-space"> </span>não será sexual, mas espero daqui pra frente procurar cada vez mais entender o lado trois/ em tríade entre mim – o caos do mundo – e a poesia.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span></span>Las Caboclashttp://www.blogger.com/profile/00499213483353077576noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3453530279652798432.post-86702455220407788392011-07-31T14:13:00.000-03:002011-08-01T01:54:49.054-03:00Amor, casório, divisão de tarefas e tudo mais...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjqJzUgIE9QxREuMgoUIxz-x_SqVtzssWtTyJxaoJseOmZz-o_K8WgOK5ndG8CuhQeJB1gmG3CWWiyA2QoKADwg4SxTY542ygRAhxz2qIC781Vf3io1DlH1lv5OiRRtFRODPgeqyFGZmw/s1600/foto_03.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjqJzUgIE9QxREuMgoUIxz-x_SqVtzssWtTyJxaoJseOmZz-o_K8WgOK5ndG8CuhQeJB1gmG3CWWiyA2QoKADwg4SxTY542ygRAhxz2qIC781Vf3io1DlH1lv5OiRRtFRODPgeqyFGZmw/s320/foto_03.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Foto Priscila Mota - priscilamota.com</span></td></tr>
</tbody></table><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por Renata Daibes</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E quando a gente menos espera conhecemos alguém e nos apaixonamos. É ...não é tão fácil nem tão rápido assim, mas vamos ao que interessa.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">CASAMENTO. Palavrinha popular essa, hein? A maioria dos casais (em grande parte as mulheres) sonha que isso seja regulamentado perante a lei e, na maioria dos casos, perante amigos e família através de algum tipo de comemoração. E não vejo mal algum nisso.<o:p></o:p></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tudo começa com o pedido de casamento ou com uma decisão entre ambos de que querem casar. E aí começam preparativos, listas e mais listas (convidados, decoração, músicas, espaços para a festa ser realizada, lugares para a lua de mel etc). Vem um turbilhão de coisas à sua cabeça, e várias pessoas dizendo que TEM QUE TER isso e aquilo. Mas várias coisas não combinam com você. Não quero salto, vestido longo não me deixa dançar, passo longe de valsa. Então vamos organizar um casamento do nosso jeito?<o:p></o:p></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Decidi escrever sobre isso porque estou vivendo esta fase e nunca combinei muito com tradições. Debutante, formatura, dentre outros, nunca fizeram meu tipo. Prefiro gastar com uma viagem. Mas decidimos que faremos uma festa pra comemorar nosso amor com as pessoas mais do que queridas. Pensei então, as músicas, a decoração e meu vestido não serão tradicionais. Ninguém de terno e as madrinhas usam o que quiserem (menos branco ou a cor que eu decidir que será meu vestido, olha a tradição aí geeeeenteee). E ao mesmo tempo me pego pensando: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Nossa, quero as fitinhas do bem casado combinando com a flor da mesa dos convidados. Tenho que pesquisar que cabelo vou usar no dia, o que será que fulano vai pensar se eu não servir o que sempre se come? O que vão pensar se eu entrar na cerimônia com rock’n roll ao invés da Marcha Nupcial?<o:p></o:p></i></span><br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></i></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas o que leva uma pessoa a se casar? O amor ou a convenção social? Ou os dois? Tem gente que é feliz com os dois, mas tem gente que não consegue fugir disso. Ou usar a tradição a seu favor e não o inverso. Mas o mais importante de tudo é não esquecer o que vem depois: a rotina ao lado de quem você ama.<o:p></o:p></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Moro junto com meu “noivo” há quatro anos e sei bem a dureza que é pagar contas, passar por meses de apertos e continuar sua vidinha feliz e contente do lado de quem você ama. Dividir as tarefas de casa, então, é a pior parte. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Como lidar com o estresse do dia a dia</i> deveria ser uma cartilha recebida da assessoria de eventos no dia que você a procura pra começar a escolher coisas do seu casamento. Ficamos horas escolhendo flores, laços e decidindo cores, sem pensar em como vamos conseguir assimilar tal mania ou conseguir dormir com o ronco de alguém até que a morte nos separe, isso partindo do princípio que ele é a pessoa que você quer passar a maior parte da vida, para não gastar toda sua economia e separar em seis meses. Todos podemos voltar atrás, mas então querido(a) vá morar junto antes e faça um teste, não vá jogar suas economias no lixo achando que depois de casar melhora. Porque na festa de casamento (e depois) se gasta e muito.<o:p></o:p></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não quero desestimular ninguém. Mas a correria de preparação de um casamento é tanta que às vezes esquecemos que o principal é a pessoa que está do nosso lado (mulheres, lembrem-se que, sim, o noivo existe no casamento você não é a única). E que a festa tem que ser uma delícia principalmente para o casal, e que não temos que agradar aquela prima de 20º grau que você não vê desde que tem cinco anos. A festa tem que ter a nossa cara e ser muito feliz. Pra depois ser uma lembrança boa quando você tiver que fazer a faxina da casa na 1ª semana depois da mudança.</span><o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"><br />
</div>Las Caboclashttp://www.blogger.com/profile/00499213483353077576noreply@blogger.com5