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Por Renata Daibes
Passam rápido, duram muito. O que significam na vida de alguém de 31 anos?
Há sete anos eu não conhecia um terço das pessoas que conheço hoje, não havia descoberto a dança com o olhar artístico/educacional, a vida de solteira estava no auge, só tinha uma sobrinha, nunca havia dado uma aula, nem sabia quem era Foucault ou Jonathan Safran Foer, dirigir era um sonho distante.
Parece que o tempo não passou, de tão rápido que foi. Mas os acontecimentos foram tamanhos que não consigo mensurar.
E por que o cálculo de sete anos, e não oito, nove ou até mesmo dez?
Dizem que sete é um número significativo, simbólico, duradouro. Tá na Bíblia, nos dias da semana, nos chakras de nosso corpo, nas maravilhas antigas e modernas, nas virtudes humanas, nos pecados capitais e etc eternos.
O ano de 2012 (sim, o do fim do mundo) tem sido um divisor de águas tão grande, mas tão grande que tá difícil de deixá-lo de lado ou tratá-lo como apenas mais um. Teve desde casamento até seleção em festival (primeira viagem a trabalho do Las Caboclas!), viagem à Europa, organização de evento, começo de nova vida profissional, encontros.
E 2005 foi tão importante quanto. Difícil, mas importante. Definições e indefinições que permeiam minha cabeça até hoje. Sensações inesquecíveis multiplicadas por sete. Começo de namoro, término de estudos que fecharam um ciclo, mudança de apartamento, planejamento para morar sozinha e o meses de janeiro/fevereiro (que mereciam um texto só para eles).
Assim 2005 e 2012 se relacionam como dois parceiros combinados. Jogam de lá pra cá os acontecimentos, como numa partida de tênis. Fico ali tentando aparar as bolas, equilibrando os sets, deixando no mínimo digerível.
O misto de medo e enfrentamento continua, até o fim do ano. E acho que ele não acaba. Virão mais sete, outros setes e quem sabe como será o futuro, pode me falar? A falta de controle me dá arrepios.