domingo, 31 de julho de 2011

Amor, casório, divisão de tarefas e tudo mais...

Foto Priscila Mota - priscilamota.com


Por Renata Daibes


E quando a gente menos espera conhecemos alguém e nos apaixonamos. É ...não é tão fácil nem tão rápido assim, mas vamos ao que interessa.
CASAMENTO. Palavrinha popular essa, hein? A maioria dos casais (em grande parte as mulheres) sonha que isso seja regulamentado perante a lei e, na maioria dos casos, perante amigos e família através de algum tipo de comemoração. E não vejo mal algum nisso.

Tudo começa com o pedido de casamento ou com uma decisão entre ambos de que querem casar. E aí começam preparativos, listas e mais listas (convidados, decoração, músicas, espaços para a festa ser realizada, lugares para a lua de mel etc). Vem um turbilhão de coisas à sua cabeça, e várias pessoas dizendo que TEM QUE TER isso e aquilo. Mas várias coisas não combinam com você. Não quero salto, vestido longo não me deixa dançar, passo longe de valsa. Então vamos organizar um casamento do nosso jeito?

Decidi escrever sobre isso porque estou vivendo esta fase e nunca combinei muito com tradições. Debutante, formatura, dentre outros, nunca fizeram meu tipo. Prefiro gastar com uma viagem. Mas decidimos que faremos uma festa pra comemorar nosso amor com as pessoas mais do que queridas. Pensei então, as músicas, a decoração e meu vestido não serão tradicionais. Ninguém de terno e as madrinhas usam o que quiserem (menos branco ou a cor que eu decidir que será meu vestido, olha a tradição aí geeeeenteee). E ao mesmo tempo me pego pensando: Nossa, quero as fitinhas do bem casado combinando com a flor da mesa dos convidados. Tenho que pesquisar que cabelo vou usar no dia, o que será que fulano vai pensar se eu não servir o que sempre se come? O que vão pensar se eu entrar na cerimônia com rock’n roll ao invés da Marcha Nupcial?

Mas o que leva uma pessoa a se casar? O amor ou a convenção social? Ou os dois? Tem gente que é feliz com os dois, mas tem gente que não consegue fugir disso. Ou usar a tradição a seu favor e não o inverso. Mas o mais importante de tudo é não esquecer o que vem depois: a rotina ao lado de quem você ama.

Moro junto com meu “noivo” há quatro anos e sei bem a dureza que é pagar contas, passar por meses de apertos e continuar sua vidinha feliz e contente do lado de quem você ama. Dividir as tarefas de casa, então, é a pior parte. Como lidar com o estresse do dia a dia deveria ser uma cartilha recebida da assessoria de eventos no dia que você a procura pra começar a escolher coisas do seu casamento. Ficamos horas escolhendo flores, laços e decidindo cores, sem pensar em como vamos conseguir assimilar tal mania ou conseguir dormir com o ronco de alguém até que a morte nos separe, isso partindo do princípio que ele é a pessoa que você quer passar a maior parte da vida, para não gastar toda sua economia e separar em seis meses. Todos podemos voltar atrás, mas então querido(a) vá morar junto antes e faça um teste, não vá jogar suas economias no lixo achando que depois de casar melhora. Porque na festa de casamento (e depois) se gasta e muito.

Não quero desestimular ninguém. Mas a correria de preparação de um casamento é tanta que às vezes esquecemos que o principal é a pessoa que está do nosso lado (mulheres, lembrem-se que, sim, o noivo existe no casamento você não é a única). E que a festa tem que ser uma delícia principalmente para o casal, e que não temos que agradar aquela prima de 20º grau que você não vê desde que tem cinco anos. A festa tem que ter a nossa cara e ser muito feliz. Pra depois ser uma lembrança boa quando você tiver que fazer a faxina da casa na 1ª semana depois da mudança.