sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Minha Amazônia pode ser a mesma que a tua.

Por Vanessa Hassegawa.


São Paulo, fevereiro de 2012 – Nunca se falou, discutiu ou se pensou em Amazônia tantas vezes quanto nos últimos anos. Belo Monte está na Globo. Sabemos que não dividiram o Pará. O technobrega está no baile da Vogue e já se sabe que açaí se come com charque e virou hidratante da Natura. 

Na Amazônia, especialmente a que me compete falar, a paraense, é uma verdadeira concentração de mundos. Digo isso, pois sempre que mostro ou conto algo de lá citam por aqui pelo eixo (inclusive os nordestinos) a expressão: “Nossa, nem parece Brasil!”, como se Brasil fosse... Bem, eu não vou me estender sobre o que é o nosso país, eu tenho preguiça de explicar que nós cabocos existimos e também consumimos Apple. 

Folheando no avião, eu vi que a Revista da Gol publicou uma longa matéria sobre o TEDx, explicou sobre essa plataforma incrível que permitiu dar voz  a muita gente. A revista mostrou pessoas que precisam de fato aparecer e melhor, aquelas que têm o que dizer... 

Entre elas, a revista destaca o artista Alexandre Sequeira, num dos vídeos mais vistos e bem falados do TEDx Amazônia (que também já teve sua versão TEDx Ver-o-Peso).  O cara chamou atenção em Belém a partir de 2005 por fazer uma exposição fotográfica ousada por sua simplicidade, sem molduras nem instalações abstratas sobre o município de Nazaré do Mocajuba-PA, uma pequena comunidade no meio da floresta. Sob as técnicas de Fotografia e Sefigrafia ele trouxe a poesia num tamanho tão real quanto toda Amazônia que deve ser propagada, com o Nazaré do Mocajuba, e rodou mundo a fora. Lá no meu país, “Amazônia Paraense”, tem muita gente especial como o Alexandre e é um orgulho que ele seja tão assistido. E ele ainda vem com o "plus" por ser um cara muito bacana.
 
Assistam também aos outros Tedx Amazônia, e depois me contem com o que o Brasil se parece.



Um comentário:

  1. Parabéns para vocês, viu! Tenho muito orgulho das pessoas que valorizam e não esquecem suas raízes, ao mesmo tempo em que não incorrem no equívoco do ufanismo. Encontrar este equilíbrio é um exercício muito difícil, que requer um amadurecimento e um senso histórico difíceis de se encontrar. Felizmente esta tem sido a marca deste blog!

    Beijos,

    Allan

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